Engenheiro Beltrão implanta a Rede de Proteção da Mulher

Em uma iniciativa inédita na região da Comcam, o município de Engenheiro Beltrão implantou a Rede de Proteção da Mulher em situação de Violência Doméstica ou Familiar, com representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM).

A iniciativa é do comandante do Destacamento da Polícia Militar de Engenheiro Beltrão, sargento Edwin Sontag. O lançamento do projeto foi feito na noite dessa quarta-feira (27), na Casa da Cultura, durante uma palestra sobre Violência contra a Mulher, ministrada pelo Cabo da Polícia Militar, Fernando Diego Chiafitela.

Além do prefeito Júnior Garbim, e do sargento Sontag, participaram do evento, o juiz de Direito Silvio Yamaguchi; o delegado Fabrício Ortolan; presidente da Câmara de Vereadores, Gustavo Watashi; a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Sandra Sobral, entre outros convidados.

O prefeito Júnior Garbim parabenizou o comandante do Destacamento da Polícia Militar pela iniciativa, ressaltando a importância de ações que auxiliem mulheres vítimas de violência doméstica ou em situação de risco.

“Quando o sargento apresentou esse projeto, prontamente eu manifestei todo apoio. Sabemos que os casos de violência doméstica e feminicídio são uma triste realidade em todo o país, inclusive em nossa cidade tivemos dois casos no ano passado que terminaram de forma trágica. Da parte da gestão municipal, estaremos dando todo o apoio por meio da secretaria de Assistência Social”, declarou o prefeito.

As demais autoridades também fizeram uso da palavra, salientando as ações realizadas no município. A Rede de Proteção é um mecanismo importante de apoio para que as vítimas sejam amparadas e acolhidas, após o registro do Boletim de Ocorrência Unificado e/ou com encaminhamento do autor para a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante e Delito.

“Essa Rede de Proteção vai auxiliar muito o nosso trabalho no dia a dia. Há 30 anos na Polícia Militar, percebo que as vítimas de violência doméstica tinham dois problemas: o primeiro era a situação da agressão em si. A polícia chegava, fazia a prisão do autor, mas quando se encerrava o atendimento, nascia outro problema para ela, que não tinha nenhum tipo de assistência. A vítima ficava desamparada com a situação e então surgiu essa ideia de dar o amparo por meio dessa rede de proteção”, disse o sargento.

A partir de agora, segundo o sargento, toda ocorrência de violência doméstica registrada pelas polícias civil ou militar terão o acompanhamento na sequência por parte dessa equipe, formada por assistente social e psicóloga, garantindo às vítimas um suporte psicológico, psicossocial, ambulatorial, jurídico e financeiro, inclusive com a possibilidade de abrigamentos das vítimas em hotéis da cidade, caso necessário.