Grupo invade área pública de 2,5 alqueires e constrói barracos; prefeito tenta desocupação

Um grupo de moradores invadiu nessa quinta-feira (30) uma área de 2,5 alqueires pertencente à prefeitura de Iretama e fez a construção de barracos após uma empresa, vencedora de uma licitação, deixar de construir 146 casas populares no local. O prefeito da cidade, Wilson Carlos de Assis (PP), tenta a desocupação amigável.

O terreno foi comprado na gestão anterior. Uma lei municipal aprovada pela Câmara Municipal fez a doação da área à Cohapar para construção de moradias. No entanto, passados três anos sem nada ter feito, o contrato venceu e imóvel foi revertido ao município. 

“Foram feitos todos os procedimentos para um contrato de três anos. A Cohapar fez uma licitação e uma empresa de São Paulo (a Martins), venceu a licitação, mas nada fez. Desde que assumimos fomos atrás, porém, como havia este contrato, a Cohapar nos pediu para aguardar a empresa fazer as casas”, explicou Assis. Ele disse que a empresa não recebeu nenhum valor.

Segundo o gestor, a prefeitura vai abrir um novo processo para escolha de uma nova empresa para a construção das moradas. Ele esteve no escritório regional da Cohapar em Campo Mourão nesta quinta-feira, onde discutiu o assunto. “Vamos fazer um chamamento público para novas empresas interessadas em construir as casas”, frisou, ao comentar acreditar que a invasão seja a mando de algum político do município. “Até desconfiamos quem seja, mas sem provas não posso afirmar”, falou 

Assis informou que todo o terreno já está regularizado com as documentações em dias e todos os lotes individualizados.  “Ficamos muito desapontados com essa situação. As pessoas acham que é culpa do prefeito, mas tinha um contrato vigente e uma lei que fez a doação para Cohapar. A culpa deste transtorno é da empresa vencedora da licitação que nada fez”, ressaltou.

O prefeito recebeu cinco líderes do grupo em seu gabinete para conversar sobre a situação. “Conhecemos a maioria. Até nos pediram a doação da área, mas não podemos fazer isso. Mesmo que dentro da lei, não posso fazer doações devido ao período eleitoral”, afirmou, ao comentar que pediu aos invasores que deixem o local.

A Polícia Militar (PM) esteve na área invadida na manhã desta quinta e fez fotos para o registro de um boletim de ocorrência. “Se não deixarem a área vamos buscar os meios legais. Não queremos chegar a este ponto, mas é um bem público e não posso permitir que tomem”, acrescentou.