Mesmo com frio e tempo seco, região tem 40 novos casos de dengue em uma semana

Mesmo com as temperaturas mais baixas e o tempo seco, a região de Campo Mourão registrou em uma semana 40 novos casos de dengue. O acumulado de casos se aproxima de 1 mil na Comcam saltando de 908 para 948 (932 autóctones e 16 importados) da semana passada para esta. São 3.557 notificações até o momento. É o que aponta o boletim semanal divulgado nessa terça-feira (23), pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa-PR).

Além disso, o vírus já causou a morte de uma idosa de 72 anos, da cidade de Ubiratã. A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor também da febre amarela, chikungunya, e zika vírus. Até o momento chega a 7 o número de cidades com epidemia de dengue na região, sendo Campo Mourão, com 324 casos, Terra Boa (56); Peabiru (133); Quinta do Sol (41); Moreira Sales (147); Rancho Alegre D´Oeste (35); e Corumbataí do Sul (18). A epidemia é confirmada depois que a cidade aponta, proporcionalmente, mais de 300 casos por 100 mil habitantes.

Os municípios com casos da doença são Campo Mourão (324); Moreira Sales (147); Peabiru (132); Terra Boa (56); Goioerê (54); Quinta do Sol (41); Engenheiro Beltrão (32); Ubiratã (32); Rancho Alegre do Oeste (35); Corumbataí do Sul (18); Campina da Lagoa (14); Fênix (13); Araruna (9); Boa Esperança (9); Iretama (7); Nova Cantu (7); Farol (5); Mamborê (4); Luiziana (2); Roncador (2); Barbosa Ferraz (2); Janiópolis (1); e Quarto Centenário (1). Apenas Altamira do Paraná e Juranda continuam sem casos da doença até o momento.

Ainda conforme o boletim epidemiológico, foi registrada no Paraná mais uma morte por dengue, elevando para 23 o número de óbitos. É uma mulher de Medianeira, de 86 anos. O Estado totaliza 21.391 casos da doença. São dados contabilizados a partir da primeira semana de agosto de 2018. Até o momento 91 municípios são considerados em epidemia da doença. A incidência no Estado é de 187,28 casos por 100 mil habitantes, considerada situação de Alerta de Epidemia pelo Ministério de Saúde (100 a 299,99 casos/100 mil habitantes).

No inverno existe uma redução da circulação viral, mas não podemos nos descuidar. É neste momento que devemos redobrar a atenção quanto às medidas preventivas da dengue, eliminando os criadouros do mosquito, afirma o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira.

Conforme informações, mais de 77,2% dos focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Chinkungunya e Zika Vírus, estão nos quintais das residências, terrenos baldios e imóveis comerciais. É preciso aproveitar o período do frio para a acabar com os focos, que normalmente, estão em locais que acumulam água parada, emendou.

Saúde realiza novo levantamento de
infestação do Aedes Aegypti em CM

Agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde iniciaram nessa segunda-feira (22) mais um Levantamento de Índice (Lira) de infestação do mosquito Aedes aegypti. Para a averiguação a cidade foi dividida em 36 localidades. O resultado deverá ser divulgado na sexta-feira (26).

O Lira é feito por amostragem e por isso não são visitados todos os imóveis. A cidade é dividida em regiões, onde são sorteadas quadras e nessas quadras coletadas amostras, explica o coordenador do Comitê Gestor, Carlos Bezerra. Ele pede a colaboração da população, já que em alguns locais os agentes encontram dificuldades para fazer o trabalho em razão da resistência de moradores.

A amostragem tem valor estatístico e serve de base para o trabalho de combate ao mosquito. O índice de infestação é obtido a partir dos resultados das amostras analisadas em laboratório. Além da infestação do vetor, o Lira aponta os tipos de criadouros e de imóveis onde ele é encontrado, afirma Bezerra.

No Lira realizado no mês de maio foi constatado um índice de 5,40% de infestação, o que é considerado alto, tendo em vista que o aceitável como ideal pelo Ministério da Saúde é abaixo de 1%. Se a população não fizer sua parte eliminando recipientes que acumulam água não tem como vencer essa batalha, adverte Bezerra.