Mulher desconhecida tenta retirar aluno de escola em Peabiru, mas diretora impede

Graças à intervenção da diretora Rosilene Aparecida de Fátima Pacheco, da escola municipal Emílio de Menezes, em Peabiru, hoje toda família do vendedor agropecuário, Alessandro Aparecido Alves dos Santos, respira aliviada. Santos é pai de um aluno de 7 anos, que estuda na instituição e, na tarde dessa terça-feira (29), uma mulher se passando por responsável pelo menino tentou levá-lo da escola, mas foi impedida por Rosilene.  

A TRIBUNA teve ciência do caso após receber um áudio supostamente de Santos enviado a vários grupos via WhatsApp alertando os pais sobre o perigo. Ao checar a informação, constatou a veracidade do fato e conseguiu contato com ele.  O vendedor elogiou o posicionamento da diretora e disse que se não fosse ela, poderia estar sem seu filho hoje. “Ela sempre foi muito rígida e desconfiou. Só temos a agradecer pelo profissionalismo e competência”, disse. 

Santos informou que procurou a delegacia de Polícia Civil na tarde de terça-feira, após o fato, para registrar um boletim de ocorrência, mas não conseguiu e iria retornar hoje na parte da tarde para providenciar o documento. Ele informou que devido à situação, seu filho, que estuda no primeiro ano, não quis ir para a escola nesta quarta-feira. “Ele me pediu para não leva-lo, pois ficou com medo”, informou. 

O pai do menino informou que sempre é seu pai ou sua mãe que buscam seu filho na escola à tarde, mas que nessa terça-feira uma mulher loira, com idade entre 40 a 41 anos e bem vestida foi ao local e tentou pegar a criança. “Ela chegou e perguntou pelo nome do meu filho. A diretora desconfiou e passou a questionar, disse que não poderia liberar meu filho sem antes falar com os responsáveis. A diretora então voltou para dentro da escola para ligar para minha mãe e quando estava voltando na rua para falar com a mulher minha mãe já estava chegando. A mulher que já estava dentro do carro então deixou o local”, comentou. 

De acordo com Santos, a suposta sequestradora deixou o local em um veículo de cor prata, de quatro portas, aparentemente um VW/Santana. Ela estava com outra pessoa, que conduzia o carro. “Toda a população e todas as escolas devem ficar atentos a esta situação. Pode voltar a acontecer de novo e todo cuidado é pouco. Se não fosse a astúcia da diretora meu filho poderia não estar comigo hoje”, falou Santos, ao dizer que toda família está amedrontada com o caso.

A diretora da escola, Rosilene Pacheco, comentou que apesar da situação não há motivo para os pais entrarem em pânico. Ela relatou como tudo aconteceu. “O que houve é que veio uma mulher desconhecida em nossa escola para buscar um aluno. Perguntei para ela sobre a criança e ela não soube me dar informações. Então disse que teria que perguntar para a mãe da criança se ela poderia ou não levar o menino. Ela respondeu que não precisaria ligar porque ela era a responsável do dia. Mesmo assim eu não deixei ela entrar na escola e avisei que teria que aguardar até eu consultar a mãe”, disse.

Rosilene falou que sempre esteve atenta a estas situações e que não deixa crianças da escola saírem sozinhas ou sem autorização dos pais com outras pessoas que não sejam da família. “E é justamente por questões como estas que estamos atentos. A mulher nem conseguiu entrar na escola, eu estava no portão, ela falou comigo e não teve autorização para falar com o menino e muito menos levar ele da escola. Estamos sempre atentos a este tipo de situação para evitar que nossas crianças sofram qualquer consequência”, argumentou.  

Ela disse que convocou uma reunião extraordinária com pais de alunos na noite desta quarta-feira para falar sobre o caso. O objetivo é deixar os pais informados da situação para tranquiliza-los. “Já falei com a secretaria da Educação para adotarmos outras medidas de segurança com relação a escola já para este ano. Sempre estamos pedindo aos pais também que nos informem no caso de mandar outras pessoas para retirar os alunos da escola, se possível com identificação”, acrescentou.