Projetos para inclusão produtiva beneficia moradores em Roncador

Pelo menos 24 famílias estão sendo beneficiadas por um programa que busca promover a inclusão produtiva de agricultores familiares, assentados e comunidades tradicionais. O atendimento vem sendo feito pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater).

Para apoio às atividades produtivas, as famílias beneficiárias receberam um recurso financeiro no valor total de R$ 36 mil para investimentos. O dinheiro foi destinado pelo Governo do Paraná e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os valores recebidos individualmente foram reunidos e utilizados de forma coletiva, seguindo orientação do IDR Paraná.

A verba será investida na aquisição de itens para a confecção como máquinas industriais, aviamentos, tesouras, ferro de passar industrial, cadeiras, banquetas, prateleiras, entre outros, já que no município, o projeto é voltado à área de costura terceirizada.

“A parceria da prefeitura e área de Ação Social na reforma do espaço físico para o funcionamento do empreendimento, no transporte de matéria prima, e produtos confeccionados para as fábricas, além da disponibilização de um encarregado de produção dará todo suporte ao grupo”, explicou a extensionista do IDR de Roncador, Marinalva Oliveira.

Segundo ela, o principal objetivo da atuação dos profissionais do IDR neste programa é contribuir para que as famílias saiam da condição de extrema pobreza, aumentem sua segurança alimentar e nutricional, ampliem a geração de renda e elevem a autoestima.

Os extensionistas desenvolvem projetos, acompanham sua execução e orientam a aplicação dos recursos em atividades compatíveis com a realidade e afinidades de cada agricultor. A partir do trabalho próprio e do apoio das políticas públicas, as famílias conseguem ampliar a produção de alimentos e sua renda.

As ações do programa foram implantadas no distrito do Alto São João por um grupo formado atualmente por 24 integrantes. De acordo com Claudete Oliveira, responsável pelo Centro de Convivência do Alto São João, além de gerar renda o projeto tem também como objetivo fortalecer vínculos familiares e comunitários.

Ela ressaltou que nesta semana a capacitação dos participantes iniciou na prática. O curso terá duração de 20 horas. Na sequência será dado início à produção. “A expectativa é que o projeto atinja renda de um salário mínimo para cada integrante”, prevê Claudete.

Além da capacitação, o IDR Paraná e o Centro de Convivência do Alto São João realizaram busca ativa das famílias e fizeram várias reuniões no decorrer de 2021 e 2022 tratando temas de interesse do grupo como Empreendedorismo, Aspectos do Mercado da Confecção, Comercialização e Gestão Financeira. O objetivo foi organizar e orientar o grupo.

“A expectativa é que o projeto gere trabalho e renda para as famílias possibilitando a inclusão social, principalmente pelo impacto na redução da pobreza. E consequentemente, uma melhoria na qualidade de vida das famílias. Outro aspecto importante é a diminuição do êxodo rural, já que o projeto traz oportunidade de trabalho e renda para a comunidade”, afirmou Marinalva.

No campo

Em Roncador, a ação já tinha beneficiado em 2021 moradores da zona rural, famílias de agricultores familiares, melhorando a renda e consequentemente a qualidade de vida dos beneficiários. Neste caso, as ações são do Programa de Fomento às Atividades Produtivas, do Ministério da Cidadania e Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. São articuladas ações de assistência técnica e extensão rural para desenvolver os projetos e transferir recursos não reembolsáveis para os beneficiários.

Na ocasião, cada família beneficiada recebeu recursos federais de R$ 2,4 mil para investir em suas atividades. No município, os investimentos do programa chegaram a R$ 36 mil e 15 famílias de agricultores familiares foram beneficiadas em 2021.

Marinalva frisou que com esta ação as famílias estão tendo a chance de intensificar as atividades que já vinham desenvolvendo nas propriedades. “Dessa forma, o beneficiário tem a possibilidade de melhorar a qualidade de vida da sua família, pois além de aumentar a produção para o consumo ele também gera renda na propriedade com a comercialização do excedente produzido”, ressaltou.