Covid-19: Porque a variante Delta está preocupando?

Embora os números da Covid continuem a cair, agora uma variante do vírus começa a preocupar: a Delta. A cepa identificada inicialmente na Índia é mais transmissível e vem sendo um dos principais motivos do agravamento recente da pandemia em países onde a vacinação evoluiu. Especialistas acreditam que a mutação possui potencial para ser dominante nos próximos meses. No entanto, imunizados completos, estão protegidos.

É o que indica o médico infectologista Rodolfo Cesar Visoni Poliseli. Segundo ele, as duas doses da vacina protegem contra a variante Delta. “Por isso a importância da vacinação e continuar mantendo todas as precauções. Distanciamento de 1,8 metro, máscaras e lavagem constante das mãos”, disse. Poliseli explica que os casos da variante têm evoluído mais gravemente e com um ciclo mais rápido. Segundo informações da secretaria municipal de Saúde, em Campo Mourão ainda não existem casos.

Pelo que se sabe, os sintomas da Delta não revelam tosse e nem febre. Têm sido observadas dores nas articulações, além de dores na cabeça, no pescoço e na parte superior das costas. Com contágio mais agressivo, a cepa não afeta a região nasofaríngea (nariz e garganta). Ataca diretamente os pulmões, levando o paciente rapidamente a um quadro de pneumonia.

E por esse motivo os testes de esfregaço nasal (Swab) – em casos da Delta -, muitas vezes dão negativos à Covid 19. Isso significa que o vírus se espalha diretamente aos pulmões, causando estresse respiratório agudo, observado principalmente pela pneumonia. Especialistas continuam recomendando todas as medidas sanitárias padrão.

Paraná

A Secretaria da Saúde do Paraná confirmou nesta semana mais 4 casos da variante no Estado. Técnicos da Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde e da Sesa estão em avaliação permanente sobre o cenário da transmissão da variante Delta.

O Estado totaliza hoje 13 casos confirmados da variante Delta e seis óbitos. Todos os casos confirmados pela Sesa passaram sequenciamento genômico realizado pelo Laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Os quatro casos confirmados hoje são da 2ª Regional de Saúde de Curitiba: um homem de 78 anos, residente no município de Araucária; que foi a óbito em 30/06; um homem de 64 anos, residente em Piên, que também foi a óbito, no dia 11/07; uma mulher de 24 anos, residente em Curitiba, que está bem e um adolescente de 13 anos, residente em Piraquara, que também está bem.

“O Paraná está atento à transmissão da variante, considerada de atenção; desde os primeiros casos acompanhamos com investigação da rede de contatos dos casos confirmados e com a recomendação de isolamento destes casos como forma de contenção. A investigação foi ampliada há dez dias, com a participação de equipes do Ministério da Saúde, do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS), que estão pesquisando minuciosamente a rede de contatos dos casos secundários a até terciários dos confirmados”, explicou o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto.

Os casos anteriores confirmados para a variante Delta aconteceram em: São José dos Pinhais (2 casos/2ª regional Metropolitana, com um óbito) Apucarana (4 casos/16ª Regional de Saúde Apucarana, com dois óbitos), Mandaguari (um caso/15ª Regional de Saúde Maringá, com óbito); Rolândia (um caso/17ª Regional de Saúde Londrina) e Francisco Beltrão (um caso/8ª Regional de Saúde Francisco Beltrão).