Integrado participa de estudo mundial sobre Gig Economy

O Centro Universitário Integrado conquistou um inédito financiamento da União Europeia para desenvolver atividades locais relacionadas à Gig Economy [economia sob demanda]. O subsídio de 30 mil euros foi concedido pelo programa de estudos e intercâmbios Erasmus 2023 e será utilizado com a comunidade, via cursos gratuitos e com certificação, nos próximos três anos.

Dos 780 projetos de todo mundo que foram inscritos, apenas 145 foram selecionados. “Isso demonstra o alto nível e a qualificação das nossas propostas e comprova que nossos pilares estão muito bem alinhados aos da União Europeia”, comemora Fabrício Pelloso, head de Inovação e coordenador do Núcleo de Empreendedorismo, Pesquisa e Extensão do Integrado.

O Integrado foi a única instituição de ensino da região Noroeste do Paraná – e uma das poucas em todo Brasil – que participou do Erasmus 2023. O aporte financeiro será utilizado para conduzir localmente a pesquisa global intitulada “Economia Sob Demanda na União Europeia: Implicações Legais, Econômicas, Socioculturais e Políticas”.

“Nossa orientação estratégica institucional fomenta pesquisas de alto impacto. Entendemos que o tripé pesquisa-extensão-ensino é essencial e por isso já temos inúmeras pesquisas em andamento no agronegócio, muitas das quais são financiadas por empresas. Agora, ampliamos esse trabalho para a economia e mostramos para o mundo – não só para o Brasil – que temos capacidade de gerar pesquisas internacionais”, explica o CEO do Grupo Integrado, Jeferson Vinhas.

O que é a Gig Economy

Caracterizada pelo emprego temporário, flexível e muitas vezes baseado em projetos curtos ou tarefas específicas para diversas empresas – em vez de trabalhos tradicionais de tempo integral e com carteira assinada – a Gig Economy é uma tendência em expansão que abrange quem deixou o ambiente estável dos escritórios para conduzir sua própria carreira.

Dentre as principais vantagens estão a possibilidade de obter maiores salários, estipular o próprio valor e a carga horária. Contudo, por não haver vínculo formal empregatício, o colaborador não tem direito a receber benefícios como férias, 13º salário, vale-transporte, ticket alimentação e plano de saúde.

O equilíbrio entre os benefícios e os danos aos trabalhadores em virtude dessa nova ordem mundial do trabalho é o que precisa ser melhor estudado, segundo a União Europeia.

Mudanças nas relações de trabalho

Para compreender essas dinâmicas, o Integrado vai ofertar um curso inédito, gratuito e de curta duração já a partir do próximo ano. A formação de Gig Economy terá 112 horas de ensino – divididas em 12 conteúdos – vai acontecer entre março e agosto de 2024 e terá 50 vagas disponíveis. Em setembro de 2024, um evento específico vai encerrar as atividades e fazer a entrega dos certificados.

O curso terá quatro professores brasileiros e docentes do México, de Portugal, da Rússia e da Itália. Todas as aulas e atividades serão online e em português. Também haverá ações de pesquisas, que vão resultar em até três publicações científicas em revistas acadêmicas nacionais e internacionais.

“Para participar, basta ter uma graduação completa ou em andamento. São elegíveis pessoas de qualquer formação superior, correlatas ao tema, e que tenham interesse na temática do curso”, explica Pelloso. Em breve as inscrições estarão abertas. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail [email protected]. A segunda e a terceira turma da formação gratuita em Gig Economy acontecem em 2025 e 2026, também com 50 vagas disponíveis em cada ano.

Informações compartilhadas

Com essas atividades, o Centro Universitário Integrado vai ajudar a desenvolver um banco de dados de código aberto – que pode ser visualizado, baixado, modificado, distribuído e reutilizado – com informações sobre práticas locais de economia sob demanda.

Os dados e conclusões destas interações tornam-se fontes para a criação de políticas públicas acertadas, dentro dos valores que envolvem o respeito pela dignidade humana, a liberdade, a democracia e a igualdade. Os resultados dessas pesquisas estarão na plataforma do projeto Erasmus. Neste local, o público poderá acessar uma exibição completa das informações e ver o conteúdo.