Prefeito fala em enchente histórica e decreta calamidade em Nova Cantu

Após as fortes chuvas que atingiram Nova Cantu, na madrugada de domingo (29), o prefeito da cidade, Airton Agnolin (PDT), se manifestou publicamente sobre os estragos causados pelo temporal. O gestor afirmou que a enchente que atingiu a cidade é histórica e, que, decretou estado de calamidade pública no setor rodoviário uma vez que, segundo ele, todas as estradas rurais foram ‘detonadas’ com o grande volume de água.

“Temos informações de localidades que registraram de 150 até 200 milímetros de chuva. Foi uma chuva nunca vista. Moramos em Nova Cantu há mais de 50 anos e nunca tínhamos visto o Rio do Peixe e o Cantu atingir tamanha proporção. E não foi diferente em outros córregos. Na história da cidade, acredito que essa seja a maior enchente”, lamentou Agnolin.

O prefeito disse que equipes do setor rodoviário, obras e Ação Social, trabalharam durante todo o domingo e continuam nesta segunda-feira para atender os atingidos e fazer um levantamento detalhado dos danos causados pelo temporal. Nesta segunda, a prefeitura suspendeu o transporte escolar na área rural devido a condição das estradas. A medida, conforme Agnolin, visa garantir a segurança dos estudantes. “Quarta-feira voltaremos com transporte nessas localidades. Peço a compreensão dos pais. A medida é para não colocar em risco as nossas crianças”, argumentou.

Na manhã de hoje o prefeito viajou a Curitiba solicitar apoio do Governo do Estado nos trabalhos de recuperação. “A concentração do município agora é na recuperação dos estragos”, ressaltou. Ele informou que três pontes grandes foram arrastadas por enchentes e pelo menos 60 bueiros de vários tamanhos danificados. “Teve ponte que foi arrastada com ferragem e tudo. Temos vários pontos de acesso ao nosso município comprometidos. Pedimos cuidado da população”, alertou.

O gestor informou que na sede do município três casas foram inundadas e outras duas na zona rural, com a água chegando à metade das paredes. “Na zona rural tivemos grandes perdas. Plantações arrastadas com erosões e alagadas. Temos rodado o município todo e constatamos uma perda grande nas nossas estradas. Alguns trechos já tinham dificuldade de tráfego e infelizmente com estas chuvas foram “detonados”, falou.

Agnolin disse que o município estava se preparando para reduzir o ritmo da máquina pública nos meses de novembro e dezembro devido a queda da arrecadação, em torno de 27% nos últimos meses. “Temos passado uma grande dificuldade financeira por isso adotaríamos algumas medidas, mas acredito que agora não será mais possível”, afirmou. Ele pediu ainda o apoio de produtores rurais que puderem ajudar com máquinas no desentupimento de bueiros, por exemplo, já que a demanda por serviços agora quadruplicou e o município não tem máquinas o suficiente para atender todas as regiões danificadas ao mesmo tempo.

“Infelizmente não vamos dar conta porque os quatro cantos do município foram afetados. Quem puder nos ajude. Todas as nossas secretarias estão trabalhando com foco na recuperação dos danos. Às famílias com perdas, procurem a secretaria de Assistência Social para fazer o cadastro. Vamos fazer o máximo para minimizar o sofrimento destas pessoas”, garantiu.