Alerta bancário impede que idoso caia em golpe do falso parente via WhatsApp
Um idoso de 73 anos, morador do Jardim Cidade Nova, em Campo Mourão, escapou por pouco de perder pelo menos R$ 300,00 em um golpe do falso parente via WhatsApp, nessa terça-feira (15). Ele estava prestes a transferir parte do valor solicitado por uma golpista que se passava por sua neta, quando um alerta de segurança do banco levantou suspeitas e evitou o prejuízo.
O golpe começou ainda pela manhã, quando a estelionatária iniciou uma conversa chamando o idoso de “pai” e pedindo para que ele salvasse um “número novo”. A vítima, percebendo que o nome utilizado era o da neta, corrigiu a golpista dizendo ser o avô. O idoso chegou a tentar realizar ligações pelo próprio aplicativo, mas não foi atendido.
Durante a troca de mensagens, que terminou só no final da manhã, o idoso questionou se a neta havia se mudado para o Paraná, já que o DDD do número era diferente. A criminosa, tentando manter a farsa, alegou que havia comprado um chip do Paraná, mas que continuava morando no mesmo lugar. Pouco depois, apresentou a justificativa para o pedido de dinheiro: segundo a suposta neta, seu celular teria caído no vaso sanitário e estava com defeito.
A golpista alegou que precisava de R$ 630,00 para consertar o aparelho, afirmando que pagaria o valor de volta no mesmo dia. Diante da dificuldade do idoso em reunir o valor integral, a criminosa passou a pressioná-lo a transferir ao menos metade, usando até informações que demonstravam atenção às redes sociais da vítima. “Vi o senhor chamando um colega querendo comprar o carro dele no Facebook”, escreveu a golpista, tentando passar credibilidade.
Em seguida, o idoso pediu a chave Pix para fazer o procedimento, esperando que a suposta neta devolveria o valor no mesmo dia para cobrir a quantia repassada. Como a chave estava em nome de outra pessoa, a estelionatária justificou que o número pertencia à suposta atendente da assistência técnica onde o celular estaria sendo consertado.
Com dificuldades para concluir a transferência, o idoso pediu ajuda a funcionários de um estabelecimento comercial vizinho. Durante o processo, o banco emitiu um alerta indicando que a transação poderia se tratar de um golpe. Desconfiados, eles resolveram testar a suspeita.
Enquanto a golpista insistia pelo envio do comprovante de pagamento, recebeu, no lugar disso, uma mensagem afirmando que o “comprovante” seria, na verdade, o boletim de ocorrência. Após ser desmascarado, a estelionatária respondeu com um xingamento abreviado e encerrou a conversa.