Bispo explica sobre o Natal e diz que fará pouco remanejamento de padres

O bispo diocesano de Campo Mourão, Dom Bruno Versari, atendeu a reportagem da TRIBUNA nesta quarta-feira (18) e explicou o sentido das celebrações do Natal na igreja católica. Sobre o remanejamento de padres, que geralmente é anunciado nessa época, Dom Bruno disse que para o próximo ano fará apenas alguns “ajustes” e que as grandes mudanças de padres vai deixar para anunciar no fim de 2020.

Para a igreja católica, celebrar o Natal é relembrar a humanidade de Deus. “O verbo se fez carne. O nascimento do menino Jesus é Deus que assume a nossa humanidade. E celebrar o Natal é essa grande festa, tanto na liturgia, quanto na confraternização entre as pessoas para acolher o menino Deus que vem habitar em nosso meio”, explica.

Ele acrescenta que as celebrações nesse período são carregadas de simbolismos. “O convite é para que sejamos luz para reportar a luz de Belém, a luz que iluminou as trevas. Tanto que o tempo do advento, que são os quatro domingos que antecedem o Natal, é marcado pelo acendimento de uma vela a cada domingo. É uma festa toda especial, com textos e músicas próprias que falam dessa esperança, que a fé proporciona”, enfatiza.

Sobre a confraternização das famílias nessa época, o bispo ressalta que o primeiro passo para o católico é a celebração litúrgica. “O segundo é a confraternização, que naturalmente gera consumo. E aqueles que tem condições podem sim fazer um almoço e trocar presentes para lembrar que o maior presente que Deus nos deu foi Jesus”, esclarece. 

Na terça-feira (17), o clero também fez sua confraternização com o bispo, padres, seminaristas e diáconos. “Rezamos e depois nos confraternizamos ao redor da mesa, que para nós é muito significativa. Muitos padres que estão distantes da própria família de sangue estão reunidos conosco como família”, justifica.

Sobre o remanejamento de padres nas paróquias, ele disse que é um trabalho difícil para o bispo. “Estava tentando não fazer este ano, mas vamos suprir algumas necessidades e deixar as transferências para o fim do próximo ano”, adiantou. Ele garante que tudo será feito com diálogo e participação dos padres que serão remanejados. “Ainda estou conversando com eles e neste próximo ano essa conversa terá continuidade sobre a comunidade em que vão trabalhar para ver se consigo fazer sempre em harmonia”, reforça. 

Segundo o bispo, o tempo limite para o padre permanecer na mesma comunidade é seis anos. “Claro que há casos especiais em que um ou outro acaba ficando mais tempo e também situações imprevistas que requerem mudanças antes do prazo. Por isso é difícil para o bispo”, complementa.