Campo Mourão já tem 1.657 casos ativos, enfermaria superlotada e mais uma morte por Covid-19

Em um curto espaço de tempo os casos ativos da Covid-19 ‘bombaram’. Chegaram a 1.657 em Campo Mourão. A enfermaria covid superlotou com taxa de ocupação de 112%. E mais uma morte foi registrada, aumentando para 353 os óbitos desde o início da pandemia. A vítima foi um idoso de 76 anos de idade.

O que chama atenção é que em apenas quatro dias a cidade registrou quase 1.000 novos casos de coronavírus, 970, para ser mais exato, dobrando os internamentos tanto na UTI quanto na enfermaria. Para se ter ideia, hoje são 18 pessoas internadas na ala covid, sendo 10 na enfermaria e 8 na UTI. Destes 14 são de Campo Mourão (8 na enfermaria e 6 na UTI), um de Fênix, um de Barbosa Ferraz, um de Goioerê e mais um de Roncador.

Atualmente a cidade tem ainda 452 moradores com suspeita da doença. De acordo com o boletim covid divulgado na noite dessa segunda-feira (24) pela prefeitura, Campo Mourão tem registrado uma média diária de 243,7 casos de coronavírus na última semana e 89 recuperados. Desde o início da pandemia, casos acumulados da doença somam 19.040 e 17.030 curados.

A partir dessa segunda, com o aumento expressivo de casos de covid, o município voltou a publicar o boletim diariamente. Os números preocupam a Saúde. O temor é de que o sistema volte a ficar sobrecarregado como aconteceu no ano passado em que em algumas ocasiões, unidades de saúde correram o risco até mesmo de desabastecimento de oxigênio.

“Mesmo com a vacinação pedimos à população que mantenham os cuidados de prevenção como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social. A pandemia não acabou. Infelizmente voltou a ganhar força”, alertou o secretário de Saúde de Campo Mourão, Sérgio Henrique dos Santos.

A situação tem preocupado prefeitos de toda a região, que também tem registrado aumento dos casos, inclusive, mortes, como Mamborê, por exemplo. O chefe da 11ª Regional de Saúde, Eurivelton Wagner Siqueira, já vinha alertando desde o início de dezembro a preocupação com as festividades de fim de ano, época em que muitas pessoas aproveitam também para viajar devido ao período de férias.

“É preciso lembrar que a vacina não impede a transmissão do vírus. Ela apenas protege a evolução de casos graves. Por isso, os cuidados não podem deixar de ser tomados em momento algum. A pandemia não acabou. Não podemos baixar a guarda”, alertava na época.

A situação está se confirmando agora. A procura de pacientes com sintomas da doença mais que quadruplicou desde o início do ano em Campo Mourão. UPA e Pronto Atendimento do Lar Paraná diariamente estão lotadas. Nos hospitais, a situação também não é diferente. O mesmo está ocorrendo em farmácias e laboratórios com o aumento da procura por testes. Nas farmácias, aliás, voltaram as filas de pessoas pela procura de testes. A situação no momento é ainda mais grave por causa da circulação da variante da Influenza H2N3, cujos sintomas se confundem com Covid. A doença também pode levar o paciente à morte.