Com 5 novos casos, H3N2 ganha força na região que já tem 28 confirmações e 1 óbito

Os municípios da região que já vinham se preocupando com a Covid-19 e dengue, agora tem outro problema não menos grave: a Influenza H3N2. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), gradativamente o vírus vem ganhando força na Comcam, que da última semana para cá confirmou 5 novos casos, acumulando 28 confirmações.

Houve um óbito também na cidade de Engenheiro Beltrão, confirmado na semana passada pela Sesa. A vítima foi um homem de 68 anos. Tinha outras comorbidades, era acamado, e estava vacinado contra gripe. O óbito ocorreu no dia 8 deste mês, mas a confirmação e divulgação foi feita somente no dia 18. Os novos casos confirmados na Comcam foram em Campo Mourão (2), Engenheiro Beltrão (1), Moreira Sales (1) e Nova Cantu (1).

Conforme a Sesa, o total de confirmações agora na região é o seguinte: Altamira do Paraná(1), Araruna (2), Barbosa Ferraz (1), Campo Mourão (11), Corumbataí do Sul (1), Engenheiro Beltrão (3), Iretama (6) e Ubiratã (3). Uma das hipóteses levantadas pelas autoridades de Saúde da região, é que a nova cepa do vírus surgiu devido a baixa cobertura de vacinação contra a gripe, o que ocorreu em todo o Estado. Nas últimas semanas, os municípios têm intensificado a vacinação contra o vírus, fazendo a busca ativa de grupos prioritários que deixaram de se vacinar.

Conforme o o boletim informativo da Sesa, o Paraná registrou nesta última semana mais 203 casos e oito mortes pela H3N2. Agora, o Estado soma 1.516 confirmações e 48 mortes em 201 municípios. Os diagnósticos estão sendo monitorados e contabilizados desde dezembro do ano passado, quando a doença começou a circular no Estado.

As recomendações da saúde para prevenção ao vírus são praticamente as mesmas contra a Covid-19: distanciamento social, higienização frequente das mãos, e evitar aglomerações e ambientes fechados. Outra orientação é que quem não vacinou contra a influenza, mesmo que seja da campanha passada, procure se imunizar. A vacina protege contra a maioria das cepas circulantes e aumenta a imunidade.

No início deste mês, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, anunciou que o Paraná está em estado de epidemia da gripe Influenza. O aumento no número de casos diários de H3N2 e óbitos em decorrência da doença, levou a esta decisão. A medida adotada considerou a transmissão comunitária da doença e a presença do vírus em 144 municípios do Estado.

Com transmissão considerada comunitária, a Sesa recomenda às equipes de saúde dos municípios a intensificação das ações de vigilância de casos suspeitos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):

Segundo nota técnica divulgada, o indivíduo com síndrome gripal apresenta quadro respiratório agudo, caracterizado por febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, congestão nasal, dores musculares, distúrbios olfativos ou gustativos, fadiga, vômitos e diarreia. Já com síndrome respiratória aguda grave apresenta dispneia/desconforto respiratório, pressão ou dor persistente no tórax, saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto.

Conforme a Saúde, o período de transmissão é de 1 dia antes do desenvolvimento dos sintomas e até 5 a 7 dias após adoecer. O período de incubação do vírus, desde o momento em que uma pessoa é exposta e infectada pela gripe até o início dos sintomas, é de cerca de 2 dias, mas pode variar de 1 a 4 dias.

“Crianças de 6 meses e menores de 5 anos, especialmente menores de 2 anos apresentam maior risco de hospitalização e menores de 6 meses maior taxa de mortalidade, todas as pessoas com idade superior 60 anos; adultos e crianças com doenças pulmonares crônicas (incluindo asma), cardiovasculares, renais, hepáticas, neurológicas (que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração, como disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE são consideradas com maior risco de complicações da influenza”, alerta a saúde.