“Escondidinho Solidário” rendeu R$ 33 mil à Pedro

Ana Cláudia Aparecida Nunes, mãe do menino Pedro, recebeu hoje um cheque de R$ 33 mil. O valor foi resultado da campanha “Escondidinho Solidário”, promovida por várias pessoas e desenvolvida pelo Ana Empório Bistrô. O dinheiro será utilizado no tratamento contra o câncer de úmero em um dos braços de Pedro, de 14 anos. A mãe, vem travando uma luta incansável para a cura do filho.   

A campanha teve a solidariedade de toda a população. Foram vendidos pouco mais de 750 escondidinhos. Ana Cláudia, 32, já havia conseguido a cirurgia do menino, através do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Não terá custos, uma vez que será pelo Sistema Único de Saúde. Através de outras campanhas, a família já havia recebido R$180 mil. A grana tem destino certo: viagens até Curitiba, remédios. E a missão não é curta. Estima-se que, ao todo, o tratamento demore cinco anos.  

Ana descobriu a doença do filho há três meses. Ele foi diagnosticado com sarcoma (câncer no osso). A doença está em estado bastante avançado. Todo úmero direito já está comprometido. Sensibilizada, a comunidade estendeu a mão, e passou a caminhar ao seu lado. Muitos empresários da cidade iniciaram campanhas para arrecadar dinheiro. 

Ana Cláudia é uma mulher simples. Mãe solteira, sempre trabalhou no pesado. Foi funcionária da Santa Casa, na lavanderia, por oito anos. Recentemente, era zeladora em uma clínica da cidade. Durante as campanhas na cidade, teve gente desonesta que se aproveitou do momento e pediu dinheiro em casas. Ana também recebeu ligações de pessoas que pediam que ela repartisse o dinheiro, uma vez que havia ganhado a cirurgia. “Muitas pessoas estão me ligando e pedindo para eu repassar o dinheiro a elas. Dizem que têm filhos doentes. Mas elas têm que entender que o Pedro irá precisar do valor”, disse. 

Sobre as campanhas de empresários da cidade, ela ressalta não ter palavras para agradecer. “Foi muito bonito o que fizeram. Só tenho a agradecer. Espero que o dinheiro levantado possa garantir o tratamento do meu filho”. Segundo ela, a luta do filho está apenas começando. E saber que a sociedade ainda é sensível a causas desta natureza, só fortalece a humanidade.  

Toda a campanha de arrecadação do escondidinho está disponível para quaisquer consultas. Os organizadores catalogaram todos os bilhetes vendidos. Transformar a solidariedade, também numa transparência, é o que desejam. Além de diversas pessoas que trabalharam na organização da campanha, outras 20 atuaram voluntariamente na cozinha, confeccionando o prato. E tudo foi feito com muito carinho, revelam os organizadores.