Juninho: o pato que entrou numa gelada

Juninho é um pato. Mas ele não sabe disso. Nasceu este ano e, desde então, foi adotado pelo filho do empresário Wilshely Lopes, João. Ele pretendia o criar em casa. Mas o pai não aceitou a ideia. Ficou na casa da avó, a idealizadora da vinda do bicho. Acontece que ela mantém duas empresas, junto à sua residência. E não é que Juninho escolheu “fiscalizar” os trabalhos! Agora, o pato permanece todos os dias, em horário comercial, em frente ao Gelo Sapeca. Ele entrou numa gelada, literalmente.

Desde o início do ano muita gente chega a parar o carro quando vê o pato. Acreditam que tenha fugido de algum lugar. Mas não. Está tudo certo. Ele já se habituou ali permanecer. Recebe o carinho dos funcionários, consumidores e de gente que pára apenas para o ver. Ele está feliz. Inclusive já é amigo dos dois cães também adotados pelo empresário: Nina e Shoyu.

Nina foi encontrada abandonada em uma valeta da rodovia. Estava em meio a chuva, suja, mal tratada. Shoyu foi recebido após ser retirado de um bar. Juntos, os dois passaram a conviver com Juninho de modo pacífico. O pato, aliás, acredita ser um deles. “Quando passa uma moto barulhenta por aqui, os três saem na rua correndo atrás dela. Eu acho que Juninho acredita ser um cão”, brinca Wilshely.

Em dias de calor o pato é colocado na piscina da mãe do empresário. Fora isso, fica em frente à empresa, o dia todo. Mas, por volta das 18h, ele se recolhe do outro lado da rua. Lá, uma casinha foi construída apenas a ele. No dia seguinte, por volta das 8h, após acordar, atravessa a via novamente e inicia o plantão fiscalizatório da empresa. A cena se repete todos os dias.

Enquanto funcionários fazem a empreita do gelo, em caminhões, Juninho só observa. Após concluída a missão, o bicho convive com clientes. Também toma sol, se alimenta e bebe água, colocada em um potinho ali ao lado. “Ele é uma figura. Todos gostam dele”, disse o empresário.