Mães e empreendedoras, conheça a história de Karen e Bruna

Para a maioria das mães, este domingo é dia de receber presentes, visita dos filhos e até mesmo ser levada para almoçar fora. Outras, porém, vão passar o Dia das Mães dando duro no trabalho. É o caso de Karen Pereira e Bruna Ribeiro, que neste domingo vão atender clientes em suas barracas na Feira da Economia Criativa, na Praça São José, em Campo Mourão. As duas são Micro Empreendedoras Individuais (MEI), que aproveitaram a oportunidade oferecida pelo município para melhorar a renda familiar com o próprio negócio.

Vou trabalhar no Dia das Mães e no dia do meu aniversário, que será no próximo domingo. Mas graças a Deus com satisfação porque os negócios estão indo bem, garante Karen, que comercializa embutidos e defumados especiais. O carro-chefe da barraca dela na Feira é um lanche de pão com linguiça. Mãe de três filhos (Gabriela, Tonisio e Enzo), ela e o marido Darlan também trabalham na Feira do Produtor dois dias por semana.

Karen orgulha-se dos resultados que está alcançando com o negócio que começou quando ainda morava na zona rural. Meu marido fazia linguiça no sítio e eu vendia de porta em porta na cidade, lembra. Orientados por técnicos da área agrícola e com a necessidade de mudar para a cidade para facilitar o acesso dos filhos à escola, Karen buscou regularizar a atividade. Foi assim que mudou o status de produtora rural para MEI e iniciou o trabalho na Feira. Comecei em 19 de maio do ano passado, justamente no dia do meu aniversário, revela.

 

Karen: lanche de pão com linguiça é o “carro-chefe” da barraca

 

O novo negócio obrigou a família e aumentar a produção e segundo ela está satisfeita com os resultados. Minha mãe mora em São Paulo e não poderei estar com ela neste Dia das Mães, mas sei que está contente em saber que a gente está bem, completa.

O empreendedorismo feminino também atraiu a jornalista Bruna Ribeiro. Ela trabalhava como autônoma no ramo de panificação, mas como MEI viu os negócios prosperarem. O trabalho na feira, por sinal, foi uma forma de ficar mais tempo perto dos filhos Pedro, de 7 anos e Elis (4). As crianças vão com ela para a praça e quando não está atendendo clientes participa das brincadeiras delas. Trabalho com um olho no cliente e outro nas crias. Sou padeira e mãe, tudo ao mesmo tempo, conta Bruna.

Assim como Karen, Bruna está satisfeita com os resultados dos negócios que ela e o marido Marcus começaram há pouco mais de um ano. A partir da feira as vendas se expandiram e hoje contribui e muito para o sustento da nossa família, afirma. Depois da Feira, neste domingo, ela disse que vai comemorar com a mãe, que mora na cidade. Vou passar o Dia das Mães servindo outras mães e isso também é gratificante e não deixa de ser uma forma de comemorar, pondera.

Empreendedorismo feminino

Dados do Sebrae indicam que nos últimos anos o número de mulheres que começaram a empreender cresceu muito, tanto no Brasil como em outros países. O relatório aponta que as mulheres representam hoje 48 por cento dos Microempreendedores Individuais (MEI), atuando principalmente em atividades de beleza, moda e alimentação. Quanto ao local de funcionamento do negócio, 55,4% das MEI estão sediadas em casa.

Nos últimos dois anos, a proporção de empreendedoras que são chefes de domicílio passou de 38 para 45 por cento. Com o avanço, a atividade empreendedora passou a conferir às donas de negócio a principal posição em casa. As análises mostram que elas são mais jovens e têm um nível de escolaridade 16 por cento superior ao dos homens.

O estudo constatou ainda que as representantes do sexo feminino empreendem movidas principalmente pela necessidade de ter uma outra fonte de renda ou para adquirir a independência financeira. Hoje, as 9,3 milhões de mulheres que estão à frente de um negócio representam 34 por cento de todos os donos de negócios formais ou informais no Brasil.