NRE esclarece sobre colégios cívico-militares: “Não se trata da militarização das escolas”

Após especulações e informações distorcidas divulgadas sobre a possibilidade de implementação de colégios cívico-militares em Campo Mourão e região, a chefe do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão (NRE), Ivete Keiko Sakuno Carlos, esclareceu aos pais e toda comunidade escolar, que o processo não se trata da militarização dos colégios. Muito pelo contrário, trata-se de um modelo de escola que traga melhorias ao conhecimento e a formação dos alunos. “Por isso o nome cívico-militar”, explicou.

Na região da Comcam, oito colégios foram indicados para receber o modelo de educação sendo em Campo Mourão: colégios Vinicius de Moraes, Darcy José Costa, Antonio Teodoro de  Oliveira, e Unidade Polo; Goioerê: colégio Vila Guaíra; Mamborê: Colégio Rui Barbosa; Peabiru: Colégio Olavo Bilac; e Ubiratã: também colégio Olavo Bilac. A consulta pública aos pais para opinarem se aceitam ou não este novo modelo encerra nesta quarta-feira (28). Eles devem ir às escolas para votar. 

“Nós, enquanto pais e responsáveis queremos que nossos filhos aprendam cada vez mais e que no futuro possam se tornar bons cidadãos. E é justamente com este olhar e preocupação que o Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação, vem com este modelo de escola cívico-militar”, comentou Ivete.

A chefe do Núcleo disse que as atividades permanecerão como no ensino regular. Porém os alunos passarão a ter aprendizagem de formação cívica. “Precisam de limites, de formação de respeito para com nossos professores. Precisam trabalhar a questão da disciplina também”, enfatizou. “Pais, fiquem tranquilos que não se trata da militarização das escolas”, ressaltou. 

Ivete explicou que os colégios cívico-militares serão administrados tendo na direção geral um professor, um pedagogo ou servidor da rede estadual. Conforme o porte do colégio poderá ter mais um diretor auxiliar, que também será da rede de educação. “Para auxiliar a escola a trabalhar uma formação mais cidadã, mais disciplina e respeito traremos a orientação militar onde haverá um diretor militar que passará por um processo de seleção e formação.  E junto como diretor civil vão se unir para administrar o colégio”, esclareceu.

Segundo Ivete, com isso, a educação será melhorada aos alunos, que se sentirão mais valorizados e inseridos no contexto escolar tendo autoestima mais elevada e mais vontade de estudar, despertando para busca de novos conhecimentos. “Se nestes últimos dois anos o IDEB [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] de nossas escolas subiu substancialmente sabemos que foi devido a um trabalho árduo de toda equipe. Com a escola cívico-militar a tendência é elevarmos ainda mais a qualidade de ensino aprendizagem e sem dúvida nenhuma o IDEB de nossas escolas”, afirmou. 

A chefe do Núcleo tranquilizou também os professores ao informar que eles permanecerão nos colégios. Entretanto, caso não queiram ficar na escola cívico-militar terão a liberdade de pedir a ordem de serviço para transferência a outro estabelecimento de ensino. “Saíram alguns comentários que a escola seria paga, os pais teriam que comprar uniformes e os filhos teriam que passar por um processo de seleção. Não tem nada disso. A escola é pública e gratuita. Não tem processo de seleção dos alunos e o uniforme será gratuito também. O que teremos é uma formação diferenciada que muito contribuirá para nossos alunos aprenderem mais”, acrescentou, ao destacar que o colégio cívico militar vem para ser mais um instrumento de formação dos alunos e de transformação e inovação da educação. “Tenho certeza que os pais e alunos gostarão deste novo modelo de educação pública”, acrescentou.