Região chega a 33 casos confirmados de dengue; período exige atenção redobrada

O primeiro boletim epidemiológico da dengue de 2023, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta semana, aponta para 33 casos confirmados da doença na Comcam. As confirmações são em nove municípios: Barbosa Ferraz (3); Campo Mourão (1); Engenheiro Beltrão (9); Fênix (3); Goioerê (3); Janiópolis (2); Moreira Sales (6); Peabiru (2); e Quinta do Sol (4).

Dos 33 casos confirmados, 30 são autóctones, em que o paciente contraiu o vírus no município de residência e três importados, pessoas infectadas em cidades de fora da 11ª Regional. De acordo com o informativo, a região soma 979 notificações e ainda 175 casos prováveis de dengue, que aguardam resultados laboratoriais.

A Saúde alerta que neste período, de maior incidência de chuvas e calor, a atenção aos cuidados de prevenção devem ser redobrados pela população. O chefe da 11ª Regional da Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira, lembrou em recente entrevista à TRIBUNA que um grande número de moradores se deslocam às regiões litorâneas (praias do Estado) neste período correndo o risco de retornar aos seus municípios de residência infectados.

Nesta época, também como viajam, as pessoas costumam deixar suas residências sozinhas, propiciando possíveis criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. “Há uma grande preocupação com a proliferação do mosquito e consequentemente do aumento de casos de dengue nesta época. Já houve ano de acontecer uma escalada muito grande da dengue logo após janeiro. Não podemos esquecer que o pico grande que tivemos em 2022 foi logo após as férias de fim de ano. Esta é nossa preocupação”, frisou.

No Paraná, de acordo com a Sesa, foram confirmados 198 novos casos de dengue, sendo 168 autóctones. Os dados acumulados de agosto de 2022 até 3 de janeiro deste ano registram 2.284 casos confirmados, 6.041 em investigação, 33.276 notificações e três óbitos.

Em comparação ao último boletim, publicado em 20 de dezembro do ano passado, houve um aumento de 18% nas notificações (4.997) e 14% de novos casos confirmados (282).

A transmissão da dengue acontece por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Após a picada, os sintomas podem aparecer em até 15 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é febre alta (39° a 40°C), que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Podem ocorrer manchas que atingem a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem acontecer.

O mosquito Aedes aegypti também é responsável por transmitir, além da dengue, a zika e a chikungunya. Durante este período não houve registro de casos de zika e foram confirmados três casos importados de febre chikungunya.

Prevenção

A melhor forma de prevenção à dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – também proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados.

Entre as medidas preventivas estão: não deixar água parada, destruindo os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve; deixar sempre bem tampadas caixas d’água, poços, tambores de água ou cisternas; ficar atento a vasos de plantas; evitar juntar vasilhas e utensílios que possam acumular água; fazer o descarte correto de pneus velhos; deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada, entre outras.