Santa Casa registra mais duas mortes por Coronavírus

Um caminhoneiro de 43 anos, morador de Campo Mourão, é a 14ª vítima fatal do Covid-19 no município. Ele estava hospitalizado na Santa Casa desde o dia 21 de julho e não resistiu ao agravamento da doença.  Além da morte dele, a direção do hospital comunicou também o óbito de uma mulher de 68 anos, que residia em Janiópolis e havia sido transferida da Santa Casa de Goioerê para Campo Mourão no dia 26 de julho.

As duas mortes foram confirmadas oficialmente pelo hospital na tarde desta quarta-feira (29). Na região o número de mortes por Covid já chegou a 49. Amigos do caminhoneiro de Campo Mourão, que morava no Jardim Gutierrez, disseram que ele era saudável e não aparentava comorbidades. Nas redes sociais, a morte dele foi anunciada por volta das 12h20. 

A Santa Casa divulga os boletins no fim do dia e ontem foram 20 novos casos confirmados. Havia 9 pessoas internadas na UTI e outros 14 na enfermaria. Com os novos leitos credenciados pelo Estado, o hospital conta com 15 vagas de UTI para o SUS e 6 para convênios. Dos 694 casos confirmados até terça-feira (28), 443 já se recuperaram. 

A primeira morte por Coronavírus em Campo Mourão foi registrada em março, quando o município começou a adotar medidas para enfrentamento, tanto na estrutura de atendimento na saúde quanto para tentar diminuir a possibilidades de contágio. Com o aumento no número de casos, houve mobilização para credenciamento de mais leitos de UTI, o que ampliou a capacidade da Santa Casa. O governo do Estado também credenciou 10 leitos na Santa Casa de Goioerê.

Além do poder público, a sociedade organizada também tem se mobilizado para ajudar a melhorar a estrutura hospitalar, especialmente com doações de equipamentos. Nesta quarta-feira (29), por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu uma ambulância da empresa JBS, além de um monitor de sinais vitais, um desfibrilador e mais duas mil máscaras. A mesma empresa doou recentemente um aparelho de raio X para ser instalado na UPA, onde são atendidos os pacientes com sintomas de doenças respiratórias.
 
Enquanto são testadas vacinas em várias partes do mundo, segundo especialistas a cura do Coronavírus depende mais da reação de anticorpos do próprio organismo que da ação de medicamentos. “Temos visto pessoas idosas se recuperarem como temos visto jovens morrerem. É um doença perigosa, muito contagiosa e que ainda é alvo de estudos”, disse um médico do hospital. Por isso, por enquanto a medida mais eficaz é tentar evitar a contaminação.