Subtenente Macedo mantém a PM representada na Câmara de Campo Mourão

A Polícia Militar continuará representada na Câmara de Campo Mourão no próximo mandato. O atual vereador Cabo Cruz não conseguiu a reeleição, porém, o subtenente Claudemir Macedo de Souza (PROS) assumirá seu primeiro mandato dia 1º de janeiro depois de ter sido eleito com 974 votos.

Ao tomar posse para qualquer cargo político, o policial militar automaticamente vai para a reserva (aposentadoria). “A partir de janeiro vou me dedicar exclusivamente à função de vereador”, afirma Macedo, que tem a segurança pública como uma das principais bandeiras.

Nascido em Janiópolis, Macedo tem 48 anos e disse que foi criado em Campo Mourão, onde a mãe foi servidora do município. O pai trabalhava na área rural e morreu quando Macedo tinha 16 anos. “Ainda criança eu trabalhava catando recicláveis para vender, depois vendia sorvete e aos 18 anos fui aprovado no concurso da Polícia Militar”, resume Macedo.  É graduado em Direito e pós-graduado em Segurança Pública.

Quais suas principais propostas para o mandato de vereador?
Minha principal bandeira será na área da segurança. Pretendo conversar com minha equipe para traçar algumas metas e depois da posse com o prefeito Tauillo, com meus deputados Sargento Fahur e Adriano e tentar trazer recursos para colocar policiais da reserva nas escolas para trabalhar especialmente na orientação sobre as drogas. É preciso trabalhar com as crianças e resgatar o patriotismo.

Com a implantação dos colégios cívico-militares em Campo Mourão o senhor acredita que esse trabalho será facilitado?
Sim, sem dúvida. Já é hora da gente acordar para isso. Acho absurdo quando vemos manifestações partidárias e ideológicas como vimos em Curitiba, onde pessoas invadiram prédio público, arrancaram a bandeira e rasgaram.

O senhor também exerce uma certa liderança na área esportiva.
Durante minha caminhada e também na campanha percebi a importância do futebol na vida das pessoas, especialmente dos jovens. Teremos projetos para colocar mais instrutores nas comunidades carentes para não deixar que as crianças fiquem nas ruas a mercê dos criminosos.

Como foi sua campanha política?
Na verdade não tinha intenção de ser político. Foram meus amigos que incentivaram, abraçaram minha candidatura e me elegeram. Muitos voluntários ligavam para os conhecidos pedindo votos, falando de minha pessoa, do meu caráter. Fizemos uma campanha mais intensa nas redes sociais. Uma caminhada que fizemos no Lar Paraná esperava umas 20 pessoas, tinha mais de 100. Na verdade as pessoas queriam mudança.

O prefeito foi reeleito e a Câmara teve grande uma grande renovação. Qual o recado das urnas?
Acredito que as pessoas não querem mais políticos de carreira, mas pessoas que representem o povo de verdade.

Poderá pleitear a presidência do Legislativo Municipal?
Não neste primeiro. Quero entrar, participar e entender melhor como funciona. Mas durante o mandato poderei pleitear a presidência sim.

Qual o principal desafio nessa próxima gestão?
Acredito que precisamos investir mais na saúde, no esporte e buscar meios para gerar mais empregos. As pessoas me ligam pedindo ajuda para arrumar emprego. Precisamos trabalhar juntos em torno desse problema social, que é grave.

O que espera do relacionamento com o Executivo e com os colegas?
Que seja o mais saudável possível. Tenho um vínculo de amizade com o prefeito Tauillo Tezelli. Ele sempre visitou minha família e estava conosco quando sepultamos minha mãe. Mas independente disso estarei lá para fiscalizar e atuar como um vereador deve atuar. Com os colegas espero que esqueçam o individualismo e não se preocupem com a reeleição, mas com o bem comum.

As pessoas em geral não costumam acompanhar as reuniões da Câmara nem o trabalho dos vereadores. Qual seu ponto de vista sobre isso?
As pessoas devem acompanhar o que fazem seus representantes. Em Campo Mourão o IPTU subiu muito para algumas pessoas e isso passou pela Câmara de Vereadores. Se as pessoas acompanhassem de perto isso provavelmente não iria acontecer.

A sociedade tem uma certa resistência quando se fala em política. O que o senhor pensa sobre a política?
O militar por origem tem que ter uma postura séria. Hoje temos um militar na presidência da República, em cargos importantes no comando do país e no parlamento. As pessoas costumam confiar mais no militar, mas não podem deixar que acreditar na política. Devemos fazer política em prol do cidadão, não para uma sigla partidária. Quanto mais pessoas honestas entrarem na política sobra menos espaço para as desonestas. Penso que quem votou em mim acredita nisso também.

Qual sua mensagem para os cidadãos mourãoenses neste fim de ano?.
Muita paz, muita saúde, que esse vírus maldito desapareça logo. Da minha parte estarei à disposição e minha palavra de ordem é muito trabalho em prol do povo de Campo Mourão.