Troca de colégio e falta de aulas práticas gera impasse com turma de técnicos em enfermagem

Uma turma de 40 alunos matriculados no ano passado no curso Técnico em Enfermagem no Colégio Marechal Rondon está revoltada com um impasse envolvendo o curso. Como a partir deste ano o Colégio Rondon passou a ser cívico-militar, o curso foi transferido para o Colégio Estadual de Campo Mourão. Porém, como a pandemia obrigou a suspensão de estágios e aulas práticas desde o ano passado, eles não podem dar continuidade ao curso.

“Queremos uma solução porque fizemos a matrícula, lutamos para isso, o mercado está precisando de profissionais de saúde e nos colocaram nessa situação”, disse a estudante Marcia Forcato, que nesta quarta-feira (07), procurou o colégio estadual com um grupo de alunos da turma e também o Núcleo Regional de Educação na terça-feira (06). Ela acrescentou que perdeu um contrato de estágio para trabalhar por estar sem aulas.

Segundo a chefe do Núcleo Regional de Educação, Ivete Sakuno, a turma iniciou o curso no ano passado, mas por conta da pandemia de Coronavírus a Secretaria Estadual de Educação suspendeu as aulas práticas. “Estamos em tratativa diretamente com a Secretaria de Educação do Estado para os alinhamentos finais. Tão logo, tenhamos o desfecho, iremos informar com mais precisão, pois nossa grande preocupação são realmente os alunos e, podemos afirmar que tanto o Núcleo como a SEED estamos empenhadíssimos na solução”, sintetizou Ivete à TRIBUNA.

O diretor do Colégio Estadual, Valdair da Silva, disse em entrevista à TV Carajás que no colégio está tudo pronto para receber os alunos. “Mas tem uma parte que depende de autorização do Conselho Estadual de Educação e da Secretaria. Hoje não conseguimos trazer o curso para cá porque ainda faltam os atos legais que serão emitidos pela Secretaria. Temos que aguardar esses atos para continuar o processo”, explicou o diretor.

Segundo ele, as turmas de 1º e 4º anos estão matriculadas regularmente. “Essa turma, porém, que entrou em 2020, foi mais prejudicada porque a maior parte do curso é realizada em laboratório e estágios. Tudo isso ficou parado durante o ano passado”, reforçou. Ele acrescenta que se não forem cumpridas as cargas horárias anteriores, não há como dar continuidade ao curso. “A Enfermagem requer várias atividades práticas, que não estão autorizadas”, complementou, ao acrescentar que mesmo que não houvesse troca de colégio o impasse seria o mesmo.