Para quem, não importa
“Ser solidário com Deus é saber procurar o Pai no silêncio do coração,
e quando senti-lo plenamente, guardar a paz para depois
oferecê-la aos sofredores do caminho”.
Mahatma Gandhi
Por mais fundamentada e, portanto, criteriosa a definição dos grupos prioritários para receberem a vacina, discussões ocorrem.
Não é exagero, ditas opiniões se espalham quase que na acelerada proliferação do Covid-19. Se não todos, brasileiros se tornaram especialistas no assunto, atribuíram a si o título de doutores na matéria. Evidentemente que, com o enorme atraso do governo em começar a compra da vacina e a quantidade insuficiente, só pode o debate – sério ou inócuo – ocorrer ante a escassez do produto, sobretudo ante as mais de 500 mil mortes, 30 mil no Paraná.
Mais fácil afirmarem quem deveria ficar por último e até não receber a vacina: todos os presos! É o que propala significativa parcela da população. E que não pensar como os tais doutores é bandido também.
Como hipótese, (mas sem duvidar que até proponham lei nesse intuito) que doadores de órgãos estabelecessem como ato de última vontade, nada de doar tais órgãos para quem estiver na cadeia, condenado.
Quando se estabelecem condições restritivas, o sentido humanitário da doação se esboroa, inteiramente se esvai. Sequer existia como fato.
Fases de Fazer Frases (I)
Nem todo o imerso no trabalho se afoga.
Fases de fazer Frases (II)
No entanto nem tudo é tanto.
Entretanto o tanto nunca é só nada.
Contudo o tanto é conteúdo.
Fases de Fazer Frases (III)
Mão fechada não serve para estendê-la a alguém.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Domingo anterior, como é tradicional de um grupo de amigos, tomávamos café no Hotel Paraná Palace, naquela manhã fria, estávamos presentes, o engenheiro agrônomo Álvaro Massareto, Darci Casarin, contador, Dilmar Peri, administrador de empresas e o prefeito Tauillo Tezelli. Quando muitos já terminavam o saboroso café, tendo ficado eu e o prefeito, noutra mesa chega Horácio Amaral Filho, engenheiro civil e filho do saudoso prefeito Horácio Amaral.
Das muitas recordações, pois Horacinho jamais desvinculou-se de Campo Mourão, fomos lembrando do pai dele, o criador da então Fecilcam – Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão, cujo majestoso prédio foi por ele edificado, hoje sede da UNESPAR. Casarin rememorou os encontros político-eleitorais que ocorriam no bar da família. Eu relembrei da amizade de Horácio com o meu pai, saudoso Eloy Maciel, inclusive com o detalhe, eram nascidos na mesma cidade paranaense de Mallet.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
No dia 27 de abril, página impressa desta Coluna, o tema principal foi sobre o deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP), descrevendo e citando fatos do oportunismo do parlamentar, que preferi dar um outro sobrenome a ele, Lamas. Mesmo com tantos envolvimentos dele em condições moralmente injustificáveis, tenho a obrigação de atualizar os fatos.
A nova do líder do governo, integrante do centrão, diz respeito ao escândalo da compra da vacina mais cara, 75,25 a unidade, a Covaxin, da Índia. A compra se deu graças a emenda apresentada pelo Ricardo Lamas, no maior escândalo das vacinas. Cabe ressaltar, o deputado já está sendo investigado por possível improbidade administrativa.
A Covaxin, a mais cara, superou a chinesa Coronavac (58,20 reais), e a de menor preço é a indiana produzida pela brasileira Fiocruz, 15,85 reais.
Quando for publicada esta Coluna, (será enviada na quinta), acredita-se que o parlamentar será convocado pela CPI.
É, se fosse usado um detector de mentiras, o aparelho não aguentaria.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Tem muitos brasileiros que são especialistas em ‘generalidades’, a pandemia atual é só uma das evidências. Também tem mourãoenses especialistas em tudo. Como exemplo o do trânsito, são muitos os borbotões, doutores já criticando sem ainda saber de fato como será.
Poderão ter razão? Se tiverem, será porque chutaram. É prudente aguardar, sem esquecer do que é consenso: nosso trânsito de há muito precisa de transformação.
Farpas e Ferpas (I)
Pleonasmo é mais abundante entre pessoas quadradas.
Farpas e Ferpas (II)
Elogio falso é imerecidamente pior que a ácida crítica de fato.
Reminiscências em Preto e Branco
Relacionado ao Olhos, Vistos do Cotidiano (I), referente ao prefeito Horácio Amaral – gestão 1969-1972, tem um fato histórico que bem serve, para as gerações de agora, demonstrar a elas a grande liderança que tinha, elevado carisma: ele foi candidato único. Morreu de acidente automobilístico em 1974, em plena campanha à Assembleia Legislativa.
José Eugênio Maciel | [email protected]