Natureza, nosso maior atrativo turístico

Meus amigos, o número de turistas nas Unidades de Conservação (UCs) do Paraná aumentaram 92% no primeiro semestre de 2023 no comparativo com o mesmo período do ano passado. Foram 284.899 visitantes em 2023, ante 148.420 pessoas em 2022.

Também, pudera: inserido no coração da Grande Reserva da Mara Atlântica Paraná é uma referência em turismo sustentável e de natureza. É uma vocação de nosso estado, agraciado por Deus e bonito por natureza.

O Paraná se destaca por ser o local de realização e celebração da primeira concessão de Unidade de Conservação federal, o Parque Nacional do Iguaçu, em 2000, e o pioneiro em concessão de Unidades de Conservação estadual, com o Parque Estadual de Vila Velha, em, 2019.

No total, o Governo do Paraná administra atualmente 72 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, das quais 29 estão abertas para visitação. Esse montante compreende 26.250,42 km² de áreas protegidas por legislação. Elas são formadas por ecossistemas livres de uso sustentável de parte dos seus recursos naturais, como os parques abertos à visitação pública que não podem sofrer interferência humana.

Essas áreas de proteção são divididas em UCs Estaduais de Uso Sustentável (10.470,74 km²); UCs Estaduais de Proteção Integral (756,44 km²); Áreas Especiais de Uso Regulamentado (152,25 km²) e Áreas Especiais e Interesse Turístico (670,35 km²).

O cenário se completa com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), cuja extensão abrange 553,83 km²; terras indígenas, com 846,87 km²; Unidades Federais, de 8.840,39 km², e Unidades Municipais (3.959,55 km²).

Essa rede de proteção ao patrimônio natural do Estado vai ganhar ainda mais quatro novas unidades em 2023: Estação Ecológica Tia Chica, em Reserva do Iguaçu; Estação Ecológica Reserva de Bituruna, em Bituruna; Área de Proteção Ambiental (APA) do Miringuava, em São José dos Pinhais; e o Refúgio da Vida Silvestre das Ilhas dos Guarás, em Guaratuba. As futuras Unidades de Conservação possuem, juntas, uma área total de 5.393,24 hectares

Além do Parque Estadual de Vila Velha, estão em desenvolvimento estudos para o Parque Estadual do Guartelá, Monumento Natural Estadual Salto São João, Jardim Botânico de Londrina, Parque Estadual da Ilha do Mel e Parque Estadual da Ilha das Cobras. Todos em parceria com a Superintendência Geral de Parcerias (SGPAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.

USE, MAS NÃO ABUSE – Visitar unidades de conservação é uma experiência fantástica e também uma grande ação de educação ambiental. Para isso, é importante seguir regras, criadas com o objetivo de minimizar o impacto do uso público em áreas naturais. Confira:

– Conheça e respeite o regulamento de cada parque.
– Viaje em grupos pequenos, de até 10 pessoas, que causam menos impacto. E evite caminhar sozinho.
– Leve equipamentos adequados para cada situação. Carregue lanterna, agasalho, capa de chuva, protetor solar, repelente, alimento e água.
– Use as trilhas demarcadas e não tente pegar atalhos.
– Acampe somente em locais pré-estabelecidos pelas autoridades, quando existirem.
– Jamais corte ou arranque vegetação.
– Traga de volta todo o lixo que produzir – não queime nem enterre.
– Dos parques, só leve fotos! Animais, plantas, rochas, sementes e conchas fazem parte do ambiente e ali devem permanecer.
– Muito cuidado com o fogo! Fogueiras são proibidas, só permitidas em áreas de acampamento. Elas são uma das grandes causas de incêndios florestais.
– Não alimente os animais.
– Ande e acampe em silêncio. Deixe equipamentos sonoros em casa.​​​​​

Se todos cuidarem, teremos para sempre um dos destinos turísticos mais importantes do mundo: a natureza.

Marcio Nunes é secretário do Turismo do Paraná