Conselheira eleita no domingo é acusada de agredir adolescente. Ela nega

Eleita com 825 votos, a assistente social Zilda Inglez Modena, segunda conselheira mais votada de Campo Mourão no domingo, está sendo acusada por uma família de agredir uma adolescente de 17 anos durante a apuração do resultado da eleição, no Centro da Juventude. Zilda nega as acusações e disse que também registrou um boletim de ocorrência por calúnia e difamação contra a denunciante.  

Conforme consta no boletim de ocorrência, feito na Polícia Civil, a adolescente S.S de S. estava com seu padrasto, Whashington Fragoso Veras no Centro da Juventude acompanhando a apuração da eleição, já que sua mãe também era candidata e que seu namorado estaria fazendo fotos do edital ao seu lado. 

O desentendimento teria iniciado, segundo consta no BO, após a conselheira eleita ter reclamado com a adolescente que estaria em sua frente atrapalhando sua visão. A denunciante informou que teria dito ‘de forma educada’ que logo sairia da frente, porém teria sido surpreendida com tapas no ombro esquerdo, ficando, inclusive com hematomas. De acordo com a adolescente, as agressões só cessaram porque o namorado interferiu. Fotos com as marcas causadas pelas supostas agressões foram encaminhadas à reportagem.

Revoltado com a situação, o padrasto da adolescente agredida, Whashington Fragoso Veras procurou a imprensa e denunciou o caso. Nem íamos tornar isso público, mas a sociedade tem que saber que ela não tem capacidade psicológica para o cargo, desabafou. A família denunciou o caso ao presidente da Comissão Eleitoral do Conselho Tutelar de Campo Mourão, que aceitou o recurso, que deverá ir à julgamento já nesta terça-feira. 

Outro lado

Procurada pela reportagem da TRIBUNA, Zilda Inglez Modena negou a acusação. Jamais agredi. O que ocorreu é que estava todo mundo ansioso por causa do processo de apuração, como tinha alguém na minha frente fazendo fotos falei que não estava conseguindo enxergar, uma pessoa que estava do meu lado direito falou ríspido comigo para espera ele tirar a foto e pediu paciência, concordei e coloquei a mão no ombro dela e falei: verdade. Tem testemunhas disso, falou Zilda, que estava acompanhada da família no momento do fato. 

Eu estava aguardando o resultado quando chegou um rapaz me perguntando por que eu agredi a menina, mas não agredi ninguém. A única coisa que fiz foi encostar a mão no ombro dela. Não machuquei em nenhum momento, relatou. Zilda informou que está bastante abalada com a situação. Ela disse que foi difamada e caluniada em grupo de whats app. Registrei um boletim de ocorrência e tenho todos os áudios agressivos de difamação para entrar com representação. Estamos tomando todas as providências por calunia e difamação, frisou, ao comentar que toda sua família está abalada. 

Estou de cama e dopada, a base de Rivotril, frisou, ao comentar que foi eleita em reconhecimento ao seu bom trabalho. Jamais ia bater em alguém, a causa da criança e adolescente é muito mais do que nós, ressaltou.