Ex-moradora de Farol que matou, esquartejou e enterrou marido dentro de mala é condenada a 24 anos de prisão

A ex-moradora da cidade de Farol, Ellen Homiak da Silva Federizzi, 38 anos, foi condenada esta semana pela Justiça, a 24 anos e 6 meses de prisão. Ela foi julgada por júri popular. É ré confessa ter matado o marido, policial militar, Rodrigo Federezzi, esquartejado o corpo e escondido dentro de uma mala. O crime aconteceu ainda em 2016.

Ellen tem família tradicional em Farol. Um de seus tios, inclusive, tem uma revenda de carros em Campo Mourão. O julgamento dela aconteceu no Tribunal do Júri de Curitiba, sem sua presença. Participou por videoconferência. Ela, que estava foragida, foi capturada e presa em Formiga (MG), na terça-feira (12).

Ellen foi condenada pelo homicídio de Rodrigo com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, e também por ocultação de cadáver. A mulher já teve o mandado de prisão expedido e deve ser localizada em breve. A defesa dela disse que irá recorrer, com a intenção de reduzir a pena. Familiares de Rodrigo participaram do júri em Curitiba.

“Infelizmente meu filho não volta mais. Mas a gente hoje tem uma sensação de justiça cumprida. Eu sempre falei que para tudo tem um jeito, menos para o que ela fez. Se ela tivesse na época chegado e falado ‘estamos com dificuldade financeira, eu consumi com o dinheiro’, a gente teria dado um jeito e revertido essa situação. Infelizmente ela fez tudo de caso premeditado. É muito decepcionante pra gente, eu queria que todo mundo visse ela saindo daqui, vocês filmando ela saindo dentro de um camburão da polícia indo pra penitenciária”, falou a mãe de Rodrigo em entrevista à “Ric TV”

O crime
O crime ocorreu no dia 28 de julho de 2016 no apartamento do casal, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Ellen usou a arma da Polícia Militar, que estava em uso pelo marido, para matá-lo com um tiro nas costas. O filho do casal, na época com 9 anos, contou que acordou assustado, pensando que o pai tinha matado a mãe ou vice-versa. Foi quando a mãe o mandou brincar no parquinho do condomínio.

Ellen se aproveitou deste momento para cortar o corpo do marido. E ainda confessou que quando chegou no osso, ela não sabia o que fazer. Então, além de usar uma faca de caça de Rodrigo, para cortar o corpo, usou um serrote para desmembrar os ossos. Depois colocou as partes do corpo em uma mala e o restante em sacos plásticos. Levou até a área rural de Araucária e enterrou em covas rasas.

Para disfarçar o crime, dois dias depois, em 30 de julho, Ellen registrou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Rodrigo. Conforme o relato da mulher, Rodrigo havia saído de casa para investigar pessoas que teriam roubado cerca de R$ 50 mil das contas do casal e não voltou.

Na realidade, o motivo da discussão do casal, que estava junto há 15 anos, era a cobrança do marido para que ela explicasse como gastou R$ 46 mil que estava na conta do casal. Quando esta verdade veio à tona, a suspeita alegou que era viciada em jogos de azar e era compradora compulsiva. Ela chegou a ficar presa de 2016 até fevereiro de 2020, quando ganhou o direito de responder em liberdade.