Barbosa Ferraz faz força tarefa de combate à dengue
O município de Barbosa Ferraz declarou guerra contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Esta semana (segunda e terça-feira), a prefeitura desencadeou uma força tarefa envolvendo várias secretarias municipais para o recolhimento de lixos e materiais recicláveis que possam servir de criadouros do mosquito. Todas as regiões da cidade estão sendo contempladas pela ação, denominada de “Bota Fora”.
Os moradores foram orientados a recolherem materiais de seus quintais e deixarem na calçada para os caminhões do município coletarem e darem a destinação correta. “No ano passado enfrentamos uma epidemia violenta de dengue com muitos casos confirmados e várias mortes. Este ano iniciamos as ações com antecedência para evitar que uma nova epidemia se repita”, falou o prefeito da cidade, Edenilson Miliossi (Cidadania).
Até o momento, a cidade tem 15 casos confirmados da doença e 403 em investigação. Os números são referentes ao período epidemiológico com início em agosto do ano passado. O município encerrou o período sazonal 2019/2020 com 1.482 casos de dengue, perdendo só para Terra Boa, que registrou 1.501 (acompanhamento de julho de 2019 a julho de 2020).
Na ocasião, nove municípios registraram acima de 1 mil casos. A cidade teve ainda 7 mortes, concentrando metade dos óbitos na região, que foram 14. Em toda a Comcam foram 15.463 casos. 19 dos 25 municípios, incluindo Barbosa Ferraz, sofreram com epidemia da doença. “No ano passado saímos de uma epidemia de dengue e emendamos em uma pandemia de coronavírus que ainda persiste”, lembrou Miliossi.
O prefeito disse que a população não pode esquecer dos cuidados com a dengue apesar da pandemia da Covid-19. “A dengue também mata e ano passado o município sentiu isso na pele. A população deve se atentar diariamente à limpeza de seus quintais. Só assim para evitar a proliferação do mosquito Aedes”, ressaltou.
Segundo Miliossi, apesar do trabalho de conscientização realizado pelo município, alguns moradores ainda insistem em fazer o descarte irregular de materiais como lixos, eletrodomésticos e móveis velhos em canteiros centrais de avenidas e datas vazias. “Nossos agentes sempre têm se deparado com este tipo de situação”, lamentou.
O Aedes aegypti prolifera quando a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água parada, como nos pratinhos de vasos de plantas, caixas d'água e reservatórios e destampados, garrafas plásticas, entre outros. Conforme dados da saúde, cerca de 90% dos criadouros do Aedes aegypti são encontrados em ambientes domiciliares.
A dengue se manifesta com a febre associada a dores de cabeça, dores musculares, nas articulações, atrás dos olhos e o surgimento de manchas vermelhas pelo corpo. Em casos mais graves, podem surgir sangramentos severos, inclusive hemorragia digestiva, choques e formas de comprometimento neurológico, hepático e cardíaco.
