Casos de dengue aumentam e região tem suspeita de Chikungunya

Boletim atualizado divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), aponta para 9 novos casos de dengue na região de Campo Mourão, aumentando para 76 as confirmações na última quinzena. Os números foram divulgados nessa terça-feira (17). A Sesa divulgou também a notificação de um caso suspeito de febre Chikungunya na cidade de Rancho Alegre D'Oeste. 

A doença é um arbovírus transmitido por picadas do Aedes Aegypti. Causa febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, inchaço e limitação de movimento. O atual período de monitoramento da dengue iniciou em agosto deste ano e seguirá até julho de 2021. Os casos notificados de dengue aumentaram de 397 para 470 agora. Em relação ao boletim anterior foram corrigidas algumas informações. Em Campina da Lagoa, por exemplo, foi reduzido um caso, e Juranda, que tinham duas confirmações, não tem nenhuma agora. 

O chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira, explica que pode ocorrer ‘erros de lançamento’ dos números no sistema com os dados equivocados e que isso é corrigido posteriormente. “Quando acontece isso no momento de atualização é ajustada a falha. Essa situação é analisada a todo o momento”, falou. Ele disse que a Regional está atenta para que não haja subnotificação e nem supernotificação da doença. 

Os casos confirmados na região são em Barbosa Ferraz (9); Campina da Lagoa (5); Campo Mourão (1); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (1); Iretama (7); Mamborê (1);  Moreira Sales (6); Nova Cantu (1); Peabiru (3); Quinta do Sol (1);  Roncador (2); Terra Boa (6); Ubiratã (31). Ubiratã é a cidade que continua registrando mais casos. No último boletim havia triplicado as confirmações e agora novos 7 casos foram confirmados pela Saúde. 

Todos os 25 municípios da Comcam já tem notificações da doença: Altamira do Paraná (6); Araruna (6); Barbosa Ferraz (68); Boa Esperança (3); Campina da Lagoa (20); Campo Mourão (21); Corumbataí do Sul (9); Engenheiro Beltrão (14); Farol (1); Fênix (5); Goioerê (41); Iretama (10); Janiópolis (2); Juranda (15); Luiziana (3); Mamborê (7); Moreira Sales (34); Nova Cantu (2); Peabiru (13); Quarto Centenário (2); Quinta do Sol (12); Rancho Alegre D’Oeste (3); Roncador (35); Terra ao (32); e Ubiratã (106). 

De acordo com dados da Saúde, cerca de 90% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue são encontrados em domicílio. Por isso a importância da remoção manual pela população de recipientes que possam servir de criadouros do mosquito. Existe a preocupação da Saúde com o retorno das chuvas e os dias quentes, que propiciam a proliferação do mosquito. “Cada um tem que fazer a sua parte”, ressaltou Siqueira.  

O ciclo anterior da dengue encerrou em julho deste ano com 15.394 confirmações e 26.095 notificações na Comcam. “A dengue mata e a proliferação do mosquito acontece durante o ano todo; por isso a necessidade da prevenção. Neste momento, como existe a recomendação para as pessoas ficarem mais tempo em casa por conta do coronavírus a orientação é que haja uma busca minuciosa com a eliminação dos focos do mosquito transmissor”, ressaltou a chefe de Vigilância Sanitária da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Alessandra Granado.

Ela ressalta que os cuidados de higiene redobrados devem se estender para todos os ambientes domésticos, de trabalho e de circulação.  “É preciso acabar com todos os pontos que acumulem água e que podem servir de criadouros”, orienta. No período anterior, nove municípios da Comcam registram mais de 1 mil casos de dengue. Foram registradas 14 mortes pela doença em Barbosa Ferraz (7); Juranda (1), Nova Cantu (3), Peabiru (1), e Ubiratã (2). Cidades que enfrentaram epidemia foram 18.