Com mais de 5,7 mil notificações, Comcam atinge 2.185 casos de dengue

A Comcam chegou nesta semana a 5.773 notificações e 2.185 casos confirmados de dengue, em 24 dos 25 municípios da região. São 25 confirmações a mais que no levantamento da semana anterior. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde, referentes ao período epidemiológico que teve início em agosto do ano passado. 

Conforme o boletim, as cidades com o maior número de casos confirmados são Ubiratã (860) e Campina da Lagoa (819). Nos demais municípios os números são: Altamira do Paraná (15); Araruna (1); Barbosa Ferraz (22); Boa Esperança (80); Campo Mourão (37); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (2); Fênix (1); Goioerê (9); Iretama (10); Janiópolis (2); Juranda (106); Luiziana (33); Mamborê (4); Moreira Sales (6); Nova Cantu (20); Peabiru (7); Quarto Centenário (2); Quinta do Sol (5); Rancho Alegre do Oeste (2); Roncador (135); e Terra Boa (6). 

Farol é a única cidade da região sem nenhum caso até o momento. “Estamos fazendo um trabalho firme na limpeza de toda a cidade. Por isso somos o único município de 25 cidades da Comcam sem nenhum caso de dengue. Estamos levando muito a sério todas as áreas, mas a saúde em especial”, comentou o prefeito da cidade, Oclecio de Freitas Meneses (PODE).

O chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira, comentou que a Regional tem intensificado orientação aos municípios para ampliação do trabalho mecânico de remoção de materiais que podem servir de criadouros ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Febre Chikungunya; Febre Amarela e Zika Vírus. 

Siqueira ressaltou que o combate à dengue é individual. “Assim como tem que usar máscara para prevenir a disseminação do Covid, cada um tem que fazer a limpeza de seu quintal eliminando possíveis criadouros”, orientou. Entres os principais criadouros do Aedes estão: recipientes plásticos, garrafas, latas, vasos de flores; frascos com água; pratos; pingadeiras; recipientes de degelo em geladeiras; entre outros.

Esta semana,  Campo Mourão divulgou o Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (LIRA), que apontou em 2,06% o índice de infestação na média geral. O índice preconizado pelo Ministério da Saúde é abaixo de 1%.

Das 43 localidades analisadas, em seis o índice ultrapassou 5%, que é considerado alto risco. A situação mais preocupante foi constatada no Jardim Santa Cruz (José Richa/Modelo), com 10,81% de infestação. Em seguida vem o Conjunto Fortunato Perdoncini (8,82%), Nossa Senhora Aparecida (8,33%) e Indianápolis (6,25%).  Em 18 localidades, o LIRA constatou índice zero de infestação.

Dos 1.749 imóveis verificados, em 36 foram encontrados focos do mosquito Aedes aegypti, a maioria em residências. Segundo a coordenadora de campo, Nalva da Luz, atualmente a cidade está com 50 casos de dengue. Ela ressalta que a amostragem serve de base para o trabalho de combate ao mosquito. O índice de infestação é obtido a partir dos resultados das amostras analisadas em laboratório. “Nossas equipes já estão nos locais onde foram encontrados os índices mais altos. Lembramos sempre que é obrigação de cada morador não deixar água parada, que são os potenciais criadouros do mosquito transmissor”, complementa.

Paraná

O Paraná soma 24.365 casos da doença no período. Do total de casos, 21.429 são autóctones, o que significa que as pessoas contraíram a doença nos municípios de residência. Estes casos estão em 243 municípios do Estado. “Reafirmo a principal orientação para a contenção de casos de dengue, que é a eliminação dos focos que acumulam água parada, como em vasos de planta, caixas d´água ou reservatórios destampados ou pneus velhos deixados no quintal. Precisamos intensificar o cuidado, ainda mais neste momento em que saúde pública está enfrentamento uma pandemia de coronavírus”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Segundo o informe semanal, 283 municípios do Paraná apresentam casos confirmados de dengue, nas 22 Regionais de Saúde do Estado. O Paraná apresenta ainda 86.547 casos notificados para a doença.