Produtores rurais de Luiziana recebem capacitação sobre manejo integrado do milho 2ª safra

Com as lavouras de milho segunda safra em pleno desenvolvimento na região de Campo Mourão, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar/Emater); vem intensificando a promoção de cursos de capacitação sobre Manejo Integrado de Pragas (MIP) na cultura. Desta vez foi em Luiziana. Pelo menos 27 produtores familiares do município assistidos pela entidade participaram.

O IDR destaca que se colocadas em prática as ações do MIP, o produtor rural pode obter uma economia média de até 50% nos custos de produção da cultura. A extensionista Laura da Silva do IDR-Paraná de Luiziana, explica que o sistema considera o uso de diversos métodos de proteção existentes, fazendo com que o produtor pulverize a lavoura somente quando há real necessidade.

“Assim, além de beneficiar o bolso do agricultor, também impacta o meio ambiente, reduzindo a aplicação de produtos químicos”, falou Laura. Ela ressaltou que o monitoramento é uma etapa fundamental do MIP, pois permite que o agricultor saiba o momento certo de entrar com as medidas de controle.

De acordo com dados da Emater, Luiziana tem uma área expressiva com a cultura do milho. São 12.130 hectares (segunda safra). O rendimento médio é de 4.380 quilos por hectare. “Isso justifica a continuidade das boas práticas agrícolas”, comentou Laura. Ela informou que o curso é uma extensão e continuidade do curso do MIP em soja também realizado no município em parceria com o Senar Paraná.

Durante o curso, os participantes aprendem a identificar as principais pragas agrícolas da cultura do milho. Além disso, foram orientados sobre os métodos de controle mais indicados para diferentes situações que podem ser vistas nas lavouras.

A orientação ao produtor é que vistorie semanalmente pelo menos 20 plantas em cinco locais diferentes em cada talhão da lavoura. Essas vistorias são feitas até 60 dias depois da emergência do milho. Mas o controle se faz quando 20% das plantas tiverem infestadas até 30 dias depois da emergência, após os 30 dias o nível de dano e insignificante.

Além da redução no custo de produção são várias as vantagens conquistadas com o método  MIP. “Se bem executado evita a resistência de pragas, melhorando a eficiência do controle; preserva os inimigos naturais na área; ajuda na manutenção do ambiente de produção; e reduz as chances de contaminação ambiental”, observou Laura.