Após repercussão negativa, palmeirense que agrediu criança pede desculpas em carta

Após a repercussão negativa do caso, que tomou proporções a nível de Paraná, o comerciante do jardim Alvorada, que agrediu um garoto de 11 anos, na tarde de sábado (12), após ele zombar da derrota do Palmeiras para o Chelsea na final do Mundial de Clubes, divulgou uma carta pública nesta terça-feira (15) por meio de sua defesa, pedindo desculpas à criança, à família e a toda sociedade que se sentiu atingida pelo ato de violência.

Após a derrota, o menino gritou em frente ao estabelecimento onde o palmeirense trabalha que o “Palmeiras não tem Mundial”. Irritado, o homem correu atrás do garoto e o agrediu com tapas, deixando hematomas pelo seu corpo.

O Palmeiras foi derrotado por 2 a 1 pelo Chelsea. O menino que assistiu a partida na casa de um amigo, teve a ideia de ir com o colega até a loja de conveniência onde o palmeirense trabalha para “provocar”.

A mãe do menino informou que o comerciante também fazia piada com seu filho, quando o Santos (time do menino) perdia. Após a repercussão negativa do caso, na mídia estadual, o homem demonstrou arrependimento por meio da carta. Disse que nos próximos dias vai se apresentar à delegacia e ficará à disposição da Justiça para responder por seus atos, reconhecendo que “nada justifica referida atitude.”

Por fim, informa ainda a carta que “a proprietária do estabelecimento não se coaduna com esse tipo de atitude e que nunca aconteceu algo semelhante em seu estabelecimento comercial.”

Justiça

Ao ver o filho chegar em casa com o pescoço sangrando, com a camiseta rasgada e chorando muito, a mãe ficou desesperada. Em seguida, ao saber da motivação e de quem partiram as agressões, a mulher se revoltou. “Foi revoltante, muito triste. Não imaginei que uma pessoa adulta tivesse a coragem de fazer uma coisa dessas com uma criança e por um motivo tão fútil”, queixou-se.

O garoto foi levado por um amigo da família até a casa. A mãe disse que ficou em choque com a cena e sem reação. “Nem consegui ligar para a polícia, a pessoa que trouxe meu filho fez isso e agora tudo que quero é justiça. Meu filho é um menino tranquilo e a gente era cliente dele (do agressor)”, lamentou a mãe.

Segundo ela, o filho e o amigo são torcedores do Santos e também ouviam vários tipos de piadas do empresário quando o Palmeiras vencia o clássico paulista. “Ele também tirava sarro das crianças por serem torcedores do Santos, por isso considero uma atitude covarde. Meu filho teve febre durante a noite, e agora tem medo de ficar em casa comigo sozinho. Essa situação mexeu muito com o psicológico dele, que se assusta quando ouve barulho de moto e carro na rua. Espero que haja justiça para que isso nunca mais volte a acontecer”, ressaltou a mãe, que ficou abalada com a situação.