Baixa procura por vacina faz Saúde prorrogar campanha contra Gripe e Sarampo

A baixa procura do público alvo à vacinação contra Influenza (Gripe) e Sarampo na área da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão e o Estado como um todo, fez o Ministério da Saúde prorrogar a campanha de vacinação agora para até 24 de junho aos grupos prioritários. O prazo encerraria na sexta-feira (3).

A prorrogação no Paraná foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Na região de Campo Mourão, a campanha tinha atingido apenas 54% do público-alvo. A meta é vacinar pelo menos entre 90% a 95% da população prioritária.

De acordo com os dados, de 131.960 pessoas, apenas 71.037 tinham recebido a vacina contra gripe na Comcam até a quinta-feira (2), data de atualização do último balanço. Ou seja, faltavam ainda 60.923 para se imunizar. No Paraná a cobertura é ainda menor: apenas 47%.

“Sempre estamos alertando a população para que não deixe de se vacinar. Cada um deve ter consciência de que a vacinação protege e salva vidas”, frisou o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira.

No próximo sábado (11), a Sesa fará o “Dia D de Vacinação” no Paraná, para atualização da carteirinha da população em geral, seja nas estratégias de rotina ou nas campanhas vigentes do Ministério da Saúde.

A ação abrangerá a região de Campo Mourão. O objetivo é aumentar a cobertura dos imunizantes no esquema vacinal primário, além da vacinação contra a Covid-19. A ideia é ampliar a cobertura em pessoas de todas as idades e grupos prioritários.

Neste dia, segundo a Sesa, cada município realizará uma ação diferente, dentro da mesma proposta. A ideia é imunizar o maior número de pessoas.

Gripe

A vacina atualizada contra a gripe protege contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B. Em janeiro deste ano, o Paraná declarou epidemia de H3N2 após um aumento no número de diagnósticos e mortes em decorrência do vírus. Foram mais de dois mil casos e 118 óbitos entre dezembro e março.

Na Comcam foram confirmadas três mortes pelo vírus neste ano nas cidades de Engenheiro Beltrão e Campo Mourão. Siqueira ressaltou que o vírus somente pode ser combatido com a aplicação da vacina. “Nosso apelo é para todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários que se vacinem”, pediu.

A imunização contra a influenza deste ano está sendo realizada em duas etapas. A primeira, que teve fim no dia 2 de maio, foi direcionada para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde.

Já a segunda, que começou em 3 de maio sendo prorrogada agora para até o dia 24 deste mês, abrange crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, comorbidades e pessoas com deficiência permanente.

Estão inclusas também nesta fase, profissionais das forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Sarampo

A campanha de vacinação contra o Sarampo, também prorrogada, está sendo realizada este ano junto com a vacinação da gripe, reforçando a necessidade da prevenção tanto contra os vírus respiratórios, quanto para doenças que já foram erradicadas.

A imunização da doença busca atingir crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, além de atualizar a situação vacinal de trabalhadores da saúde. No último ano, a cobertura vacinal do Paraná ficou em 82,45%. O Estado não registrou casos da doença em 2021 e 2022. Em 2019 foram registrados 1.653 casos e 428 em 2020.

O imunizante tríplice viral pode ser administrado simultaneamente com a vacina da influenza a partir dos seis meses de idade. Para os trabalhadores da saúde, pode haver coadministração das vacinas tríplice viral e da vacina contra a Covid-19.

As dez vacinas de rotina (BCG, Febre Amarela, Hepatite A, Hepatite B, Meningocócica, Pentavalente, Pneumocóccica, Poliomielite, Rotavírus Humano e Tríplice Viral) também estão com coberturas abaixo do necessário. O imunizante que previne contra a Hepatite B, por exemplo, fechou o último ano com apenas 57,18% de adesão, sendo a vacina com procura mais baixa, seguida pela Febre Amarela com 71,38% e BCG com 77,23%.