Cooperados lotam sede da Coamo para receber 2ª parcela das sobras

Foi intensa a movimentação de produtores rurais na sede da Coamo na manhã desta terça-feira (11) para receber a segunda parcela das sobras distribuídas pela cooperativa. Do total de R$ 361 milhões, a primeira parcela (R$ 100 milhões) foi paga em dezembro. “Aquilo que é do cooperado, pagamos 100 por cento”, explica o presidente José Aroldo Gallassini. 

Segundo ele, os cooperados costumam usar o dinheiro para fazer compras. “O cooperado é o dono da cooperativa e todo ano já conta com esse dinheiro em seu orçamento”, ressalta o presidente. O casal Dirce e Valtair José Alves, confirma. “Vamos comprar umas coisas para a casa com esse dinheiro, que vem em muito boa hora”, explicou Dirce, que é cooperada da Coamo há 38 anos. Na propriedade de 6 alqueires, entre Campo Mourão e o distrito de Piquirivaí, eles já colheram a soja. 

O agricultor Getúlio Ferrari Junior destaca que a segunda parcela das sobras auxilia nas despesas com revisão de máquinas e compra de combustíveis, por exemplo. “Isso proporciona a oportunidade de não ter que vender a soja agora, capitalizando o produtor. Sem falar que o comércio também ganha com isso, pois quando a agricultura vai bem, toda a cidade ganha”, enfatizou o produtor.

O presidente Gallassini acrescenta que a maior parte do faturamento da cooperativa vai para um fundo, que permite atender os mais de 29 mil cooperados durante o ano. “Graças ao volume de movimentação, investimentos e resultados a Coamo tem se destacado como líder no segmento não apenas no Brasil como na América Latina”, acrescenta o líder cooperativista.

Novo sistema de gestão

A Coamo também acaba de inaugurar um novo sistema de gestão, por meio de um conselho de administração, presidido por Gallassini. O objetivo, segundo ele, é garantir mais segurança para a própria cooperativa em caso de sucessão.  “Da forma como era, se houver uma eleição que mude toda a diretoria, é difícil tocar uma empresa do tamanho da Coamo. Tivemos exemplos aqui mesmo no sul do país onde houve mudança radical de diretoria e cooperativas não deram certo”, observa o presidente.

Ele explica que o novo sistema não muda nada para o cooperado. “Vou dar expediente o dia inteiro e coordenar os trabalhos de uma diretoria formada por cinco pessoas, que têm muita experiência e muitos anos de trabalho”, reforçou.