MP denuncia ex-funcionário por desvio de recursos no Sindicato dos Servidores de Campo Mourão

O Ministério Público (MP) denunciou um ex-funcionário celetista do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Mourão (Sindiscam) pelo crime de estelionato. Sua identidade não foi divulgada. Além de denúncia criminal, a Promotoria requereu à Justiça que determine ao acusado que faça a reparação financeira à entidade no valor de R$ 279.633,30. Conforme o Ministério Público, o acusado não foi localizado para acordo judicial, o que motivou a ação penal.

A atual presidente do Sindiscam, Josiane Flores Munis Flores, se manifestou publicamente sobre o caso em suas redes sociais. Ela informou que o crime ocorreu em 2017, em gestões anteriores e que o ex-servidor foi contratado na época pelo antigo. “Na época foi feita uma ‘notícia crime’ referente a este desvio de patrimônio e agora, no dia 16, última sexta-feira, o Ministério Público formalizou a denúncia”, informou, ao comentar que o recurso faz falta para a entidade.

De acordo com as investigações, os desvios teriam ocorrido entre 2017 e 2019, onde o ex-funcionário, que atuava na área financeira e contábil do sindicato, teria desviado os mais de R$ 279 mil dos cofres da entidade, se utilizando de cheques, transferências bancárias e falsificação de documentos. A fraude foi descoberta após suspeitas do Conselho Fiscal e confirmada após uma auditoria interna realizada pela diretoria à época dos fatos.

Conforme o Sindiscam, o crime foi denunciado em 2020 com as investigações prosseguindo até o final de 2024, quando foi formalizada ao Ministério Público. Josiane comentou que mais informações sobre o caso serão repassadas na prestação de contas do sindicato, realizadas todo mês de junto. “Vamos informar a data posteriormente”, falou.

Ainda conforme a atual diretoria do Sindiscam, foram adotadas todas as providências à cerca do caso. A expectativa agora é que o acusado seja condenado na esfera criminal e faça a devolução do recurso à entidade.

“O Sindiscam reforça que tomou todas as providências cabíveis desde a identificação das irregularidades, incluindo a demissão por justa causa do ex-colaborador. Reafirma ainda seu compromisso com a transparência, a ética e a defesa do patrimônio coletivo dos servidores públicos municipais”, ressaltou a diretoria do Sindiscam em nota encaminhada à imprensa.