A cada oito segundos um estrago
“Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição”.
Simon Bolívar
Já fez um mês – oito de janeiro – a destruição completa e outros danos ao patrimônio ocorridos em Brasília. Apenas a considerar a ação e o resultado dos vândalos, inclusive se autoincriminando com o registro de imagens e declarações sobre os ataques que eles promoveram, o prejuízo chega a 13 milhões de reais.
Existem obras que ainda estão desaparecidas. A destruição, parcial ou total ao patrimônio público é de pelo menos 576 objetos, segundo o Tribunal de Contas da União – TCU.
Além do ressarcimento, o Código Penal no Artigo 163 prevê a possibilidade de levar à prisão, sobretudo em flagrante, quem destruir, inutilizar bens e serviços públicos.
Manter, preservar, reparar como ressarcir, qualquer patrimônio, é uma obrigação do próprio poder público, ao mesmo tempo que é responsabilidade (de manter rotineiramente) da sociedade, de todos nós, portanto.
Independentemente das análises sobre aquela invasão, está evidente a fúria em vandalizar tudo o que encontraram pela frente, o patrimônio foi atingido como consequência da intenção – propósito previamente intencional – de produzir tal resultado.
A casa do povo – prédios sede dos três Poderes – foi pelo povo – atingida. E é absolutamente legítimo que todos os responsáveis sejam punidos. E, enquanto isto, colocar a casa em ordem, a conta a ser paga recai no bolso de toda a sociedade brasileira. Ainda segundo o Tribunal de Contas da União, existiu uma destruição a cada oito segundos. Patrimônio é o conjunto de bens materiais ou imateriais, estando implícito ou explícito o valor, valor que também é estabelecido financeira e monetariamente.
Por enquanto, no levantamento dos 13 milhões de reais de prejuízos estão assim distribuídos: Na Câmara dos Deputados a depredação é de R$ 3,5 milhões; no Senado R$ 3,3 milhões; e no Supremo Tribunal Federal o prejuízo é R$ 5,9 milhões.
Obras de arte, azulejos, quadros, bustos, a destruição é muito mais do que protestos, que seriam e fariam parte da democracia? O vandalismo é a brutalidade em estado primitivo, evidenciando a falta de cultura e de educação.
Cabe salientar, Brasília é patrimônio histórico da Humanidade, construída pelo arquiteto Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, arquiteto e urbanista e Burle Marx, paisagista. O bisneto de Oscar Niemeyer, também arquiteto indaga: “Quem destruiu a própria casa? É um absurdo”.
Restaurar a vergonha, se é que ela existe plenamente, demandará mais tempo, pois ainda a concepção de liberdade não se limita a chamada autonomia de vontade, pressupõe arcar com as consequências das atitudes de sermos livres, mas não livres da responsabilização do que fizermos.
Fases de Fazer Frases (I)
Nada anda quando tudo não se adianta.
Fases de Fazer Frases (I)
Quando não procuro palavras elas me acham.
Fases de Fazer Frases (II)
Quando não acho as palavras elas me encontram.
Fases de Fazer Frases (III)
Quando fico sem palavras elas que me têm.
Fases de Fazer Frases (IV)
Quando tenho palavras elas me retêm.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
No pacote de obras anunciado pelo governador Ratinho Júnior está prevista a duplicação da rodovia PR-460, no trecho Pitanga e Guarapuava, promessa antiga e, lógico, venha a ser realidade. Porém, é preciso não esquecer a necessidade da duplicação Campo Mourão – Pitanga, e tendo em vista a interligação com a BR-487, a Boiadeira, desde que haja a conclusão de todo o projeto.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Por falar em obras, a expectativa e ansiedade juntas para o início da duplicação da PR-317, com a construção de vias paralelas e com acesso. Vale lembrar, é a chegada a Campo Mourão vindo de Maringá em termos rodoviários e urbanos, que causa atualmente uma impressão negativa, horrível em muitos trechos.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Devido a problemas do alarme disparado, um antigo posto de combustíveis no centro de Campo Mourão é retrato de abandono, sendo que a Petrobras nem liga com multas. Permanece lá, há anos, tapumes apodrecem, põem outros, apodrecem também.
Mas não é o único posto abandonado, em outra esquina, avenida principal próximo ao Colégio Vicentino a situação se assemelha. Não se tem o que fazer, se fosse possível resolver pendências e liberar tais imóveis é certo que não demoraria para construírem algo de bom para a cidade. Enquanto isto, tapumes e alambrados não escondem a vergonha e desleixo, lamentavelmente.
Farpas e Ferpas (I)
Nem sempre o tudo de uma vez tem vez.
Farpas e Ferpas (II)
Nem sempre não é a verdade que aparece, e sim a mentira que desaparece.
Farpas e Ferpas (III)
Que a chave de fenda não se ofenda com a própria fenda.
Reminiscências em Preto e Branco
O passado inspira, o presente expira e o futuro aspira.
José Eugênio Maciel | [email protected]