Fujo depois

O ódio é a vingança do covarde.

George Bernard Shaw

Em Campo Mourão não se tem notícia de um agressor de mulher que tenha se apresentado espontaneamente a Polícia, confessado o crime, disposto a reparação, (se possível), reconhecer condenação imposta a ele.

No noticiário daqui e região é comum, fogem inclusive sem socorrer a vítima. Presos, escondem o rosto, apenas temem ficar um longo tempo atrás das grades.

Covardes atacam com palavras, agressões físicas, armas, ferem, dilaceram, matam.

Leis Marinha da Penha, Feminicídio, Delegacia da Mulher não intimidam opressores hediondos. Ao contrário, este ano a projeção é aumento dos casos. 2018 foram registrados 12% a mais da violência física, sexual, psicológica, cárcere privado, alto índice de subnotificação.

A cada quatro minutos uma mulher sobre agressão. A cada duas horas uma é assassinada.

Chega a quase 70% a violência doméstica perpetrada na maioria das vezes por companheiros ou ex da mulher vítima. Mães assassinadas na frente ou com os filhos.

Estamos de há muito ultrapassando o que já eram trágicos limites da herança machista e patriarcal brasileira. O horror cresce, comportamento causador da mutilação, martírio, morte.

Todos nós homens não podemos mais fugir disso. Aquele que nunca pode ser chamado de homem, como agressor não deve ficar impune.

Fases de Fazer Frases (I)

Tenho memória fotográfica, mas nem sempre revelo.

Fases de Fazer Frases (II)

Revelo, é bom, revê-lo em relevo.

Fases de Fazer Frases (III)

Ela, de gola, degola a galinha de Angola com argola.

Fases de Fazer Frases (IV)

Tudo tem serventia, até o servente da tia.

Até o sorvete da tia.

Solvente da tia.

E tudo que se serve a tia, serve.

Fases de Fazer Frases (V)

Nem toda classe tem elegância mas toda elegância tem classe.

Fases de Fazer Frases (VI)

Saudade, fonte que não seca, de lágrimas que temos que secar.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

Título do texto que abre a Coluna, faz lembrar outros deste espaço sobre fatos lamentavelmente comuns no trânsito mourãoense, motoristas causadores de graves acidentes, fogem sem prestar socorro as vítimas.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

Estudantes do Colégio Estadual Agrícola de Campo Mourão foram muito bem no sábado passado na exposição que realizaram na Praça São José. Atenderam com simpatia e competência com explicações importantes sobre o trabalho e aprendizado que vivenciam como futuros técnicos em agropecuária. A fanfarra também se apresentou brilhantemente.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)

Calçadas inexistentes, péssimo estado ou obstruídas em Campo Mourão disputam a liderança de reclamações com terrenos com mato e lixo. A prefeitura alega não ter fiscais suficientes. Espelham de indivíduos porcos e relaxados.

Farpa e Ferpa

Acentuado: cara ter caráter.

Reminiscências em Preto e Branco (I)

No armazém a balança antiga no balcão. De um lado do prato a mercadoria para pesar. Noutro se põe os pesos para, com equilíbrio, saber com precisão o peso. Armazém, antiga palavra, continua viva, e tal tipo de balança, mesmo perdendo espaço, muitos balcões a utilizam.

É a medida do tempo que passa, pesa. Equilíbrio entre dias nem sempre precisos mas que deles precisamos, em que pese os balanços da vida.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Na vidraça, já nela, a traça, traça na janela traços dela.

Reminiscências em Preto e Branco (III)

Tempos IDOS: IDOSos SÓS.

José Eugênio Maciel | [email protected]