Casos de dengue se mantêm em queda na região, mas cuidados devem ser constantes

As confirmações de dengue continuam em queda na região de Campo Mourão. Porém a 11ª Regional de Saúde reforça o alerta à população para que mantenha os cuidados a fim de evitar um aumento nos casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Da última semana para cá, foi registrado apenas um novo caso. Até cerca de dois meses atrás, estes números já chegaram a ultrapassar 200 em uma única semana.

A Comcam acumula 2.239 casos e 5.946 notificações. 25 dos 24 municípios da região têm confirmações. Apenas Farol segue sem registro da doença. Os dados são do relatório divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR). O atual período epidemiológico teve início em agosto do ano passado e encerra neste mês de julho.

De acordo com o boletim epidemiológico, Ubiratã segue com maior número de casos: 878, seguido de Campina da Lagoa com 832. Campo Mourão continua com 38, mesmo número da semana passada.

“Os cuidados devem ser diários. O cidadão tem papel fundamental na luta contra o mosquito. Além das ações desenvolvidas pelo poder público, é essencial que cada um faça a sua parte. Pedimos à população que colabore inspecionando suas residências quando possível, com o objetivo de identificar ambientes propícios à proliferação ou a criadouros do mosquito”, pede o chefe da Regional de Saúde, Eurivelton Wagner Siqueira.

O frio intenso dos últimos dias e a pouca chuva contribuíram para a redução drástica de casos da doença. Siqueira avalia os números como positivos. Porém alerta que qualquer descuido a doença pode voltar a ganhar força. “A população deve continuar fazendo sua parte. Ela é aliada das equipes neste trabalho e pode fazer a diferença no combate à dengue”, ressaltou.

Os casos confirmados na região são em Altamira do Paraná (15); Araruna (1); Barbosa Ferraz (25); Boa Esperança (81); Campina da Lagoa (832); Campo Mourão (38); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (3); Fênix (1); Goioerê (11); Iretama (10); Janiópolis (2); Juranda (113); Luiziana (35); Mamborê (6); Moreira Sales (6); Nova Cantu (23); Peabiru (8); Quarto Centenário (2); Quinta do Sol (5); Rancho Alegre D’Oeste (2); Roncador (135); Terra Boa (6) e Ubiratã (878).

Já as notificações por município são: Altamira do Paraná (59); Araruna (20); Barbosa Ferraz (467); Boa Esperança (123); Campina da Lagoa (1.228); Campo Mourão (326); Corumbataí do Sul (36); Engenheiro Beltrão (98); Farol (2); Fênix (29); Goioerê (261); Iretama (63); Janiópolis (45); Juranda (376); Luiziana (72); Mamborê (93); Moreira Sales (68); Nova Cantu (62); Peabiru (120); Quarto Centenário (9); Quinta do Sol (328); Rancho Alegre D’Oeste (9); Roncador (328); Terra Boa (56) e Ubiratã (1.924).

Neste ano, duas pessoas já morreram por dengue. A primeira morte ocorreu em Campo Mourão, no mês de maio. A vítima foi uma mulher de 84 anos, moradora do jardim Copacabana. Teve dengue hemorrágica. O outro óbito foi registrado em Roncador. Um homem de 78 anos, que era hipertenso contraiu a doença e sofreu complicações. A morte foi registrada em abril, mas vinha sendo investigada pela Sesa, que confirmou somente em junho.

No Paraná, foram confirmados 498 novos casos da doença nesta semana. Agora, o estado soma 27.170 casos confirmados e 32 óbitos. 17 municípios apresentam casos de dengue grave e 41 apresentam casos de dengue com sinais de alarme. O Paraná totaliza 91.280 notificações em 361 municípios paranaenses. Ou seja, o vírus continua circulando, afetando as pessoas.

De acordo com a Sesa, técnicos das 22 Regionais de Saúde realizam, junto a todos os municípios do estado, o monitoramento do Programa Municipal de Controle da Dengue, Chikungunya e Zika vírus de forma a avaliar as ações realizadas na prevenção de ocorrência de casos e epidemias.

“Preliminarmente, acreditamos que a pandemia pode afetar o registro de dados sobre a dengue, com diminuição de casos. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde avalia que esta diminuição pode ser consequência do receio da população em procurar atendimento em uma unidade de saúde, levando a uma possível subnotificação ou atraso nas notificações das arboviroses”, comenta a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzato.

Ainda segundo a Sesa, apesar do período de estiagem e diminuição das temperaturas, 120 municípios apresentaram Índice de Infestação Predial acima de 1%, classificando em situação de alerta ou risco para ocorrência de epidemias considerando a densidade vetorial.