Prefeito se diz indignado com Ministério que negou prorrogação do zoneamento agrícola

O prefeito de Araruna, Leandro Cesar de Oliveira, presidente da Comcam, disse que recebeu com indignação a resposta com a negativa do Ministério da Agricultura contra a prorrogação do zoneamento agrícola para plantio do milho safrinha, por mais 10 dias, nas cidades de Altamira do Paraná, Araruna, Campina da Lagoa, Mamborê, Nova Cantu, Peabiru, Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Farol, Juranda, Luiziana e Roncador. Nestas cidades os produtores tiveram até o dia 28 de fevereiro para concluir o plantio, mesmo com as condições climatológicas desfavoráveis (seca). Prefeitos destas cidades solicitaram a abertura de uma janela para que os produtores pudessem fazer a semeadura com mais tranquilidade.

“Houve um trabalho da Comcam junto com todos os prefeitos, houve trabalho frequente do deputado Rubens Bueno junto com outros deputados e senadores para que aumentasse esta janela de plantio. Mas infelizmente não fomos ouvidos. Nossos produtores terão que plantar sabendo que correrão riscos de perdas novamente”, lamentou. O produtor que plantar fora deste período, nestas cidades, corre o risco de ficar sem seguro agrícola e de fora do Proagro.

Oliveira disse entender todas as especificações técnicas que levaram à implantação do zoneamento agrícola. Porém, segundo ele, o momento é de deixar ‘isso’ de lado e atender os produtores. “Sempre atender os produtores. Eles são a prioridade. Eles são quem levam os alimentos para a mesa de todos nós. Não interessa se o município está em um local mais alto, mais baixo, se tem mais chuva ou se é mais seco ou frio. Isso não deveria vir ao caso. O momento exige sensibilidade do Governo Federal. Esperávamos uma resposta positiva do Ministério da Agricultura para ajudar os produtores. O País vai sofrer com isso, o agricultor vai sofrer mais uma vez com perdas por conta da falta de sensibilidade de nossas autoridades”, desabafou, ao ressaltar que recebeu a notícia com ‘muita tristeza’. “Lutamos por eles. Mas faltou bom senso do outro lado [Ministério da Agricultura]”, emendou Oliveira.

Produtores destas cidades, vêm há 10 anos buscando junto ao governo federal que o zoneamento seja mudado. Com o passar dos anos, novas cultivares foram lançadas se adaptando ao clima de cada região. Segundo ele, o zoneamento está ultrapassado e não corresponde mais à realidade dos municípios.