Cáritas promove feijoada beneficente em prol de refugiados em Campo Mourão

O Grupo Cáritas Diocesana está organizando uma Feijoada Beneficente em prol de pessoas refugiadas que vivem em Campo Mourão. O evento será promovido no dia 8 de julho, no sistema drive-thru. A retirada das marmitas será a partir das 11h30, na sede da entidade, localizada na Avenida Irmãos Pereira, nº 51, centro da cidade.

Os convites estão sendo vendidos a R$ 50,00 cada. Interessados podem fazer a aquisição pelo telefone (44) 9.9819-4953. Acompanha a feijoada arroz, farofa, couve e laranja. A entidade pede a participação da população para a boa causa. “O dinheiro será revertido para o atendimento dos imigrantes e refugiados de nossa cidade”, ressaltam os organizadores.

A coordenadora da Cáritas em Campo Mourão, Jaqueline Faria, informou em recente entrevista à TRIBUNA, que a cidade tem atualmente cerca de 600 refugiados. “Precisamos melhorar o cadastro. E conseguir a documentação a muitos deles, ainda é o grande desafio”, disse.

Ela falou que todas as pessoas que aqui chegam são, de alguma forma, atendidas. “A maioria chega com curso superior e até doutorado”, diz. Com experiência na Cáritas, desde 2009, ainda no Piauí, onde morou, Jaqueline vem atendendo refugiados da África, Haiti, Venezuela, Peru, Colômbia, Cuba e Oriente Médio.

Recentemente, com o propósito de discutir políticas públicas em favor de refugiados de diversos países que chegam a Campo Mourão, quase todos os dias, uma comissão integrada pela Cáritas Paraná, OIM – ONU Migrações e ACNUR, se reuniu com autoridades locais em Campo Mourão. A agenda estreitou laços com a prefeitura, Igreja.

O objetivo da comissão é construir parcerias com o setor público e privado para a promoção da empregabilidade e integração laboral e socioeconômica da população migrante que reside ou busca o município em busca de trabalho. A agenda em Campo Mourão também contou com uma reunião com o Ministério Público, visando tratar da garantia de direitos da população migrante.

Campo Mourão atualmente tem recebido uma alta demanda de migração, principalmente, devido à grande oferta de empregos em diversas áreas como frigoríficos e agroindústria. O Paraná, atualmente, é o segundo Estado brasileiro com maior número de migrantes venezuelanos interiorizados pela operação “Acolhida”, do governo federal.

A Cáritas

Principal braço na acolhida de migrantes na cidade, a Cáritas atua em Campo Mourão desde 2019. E, desde então, foi a responsável pela colocação de centenas de refugiados no mercado de trabalho local. Identificada, principalmente, pela ação voluntária, a entidade atua ao lado da Igreja. São muitos os casos de sucesso na integração social de migrantes.