CELF: Biotecnologia em favor da vida

Ninguém imagina, mas Campo Mourão possui uma das poucas empresas do país voltada ao desenvolvimento de produtos biotecnológicos, principalmente, nos segmentos da combustão industrial e da agricultura. Sim, ela é a CELF Energias Renováveis e Bioenergia, criada a partir de 2013, quando ainda incubada na Fundação Educere. No mesmo ano, conquistou o próprio CNPJ. E somente em 2017, foi graduada. Ou seja, deixou os laços da incubadora para iniciar a própria caminhada. 

Cristian Coelho da Silva, 40, e Julio Barretto Cristófoli, 27, são os sócios fundadores. Segundo eles, tudo começou através de uma pesquisa em resíduos na operação marítima. Na época, segundo eles, se consideravam como “loucos”, com o desejo em desenvolver algo relevante, agregando valor à resíduos industriais. E, diante de tantas análises, descobriram microrganismos capazes de fundir óleo diesel e etanol. A experiência chegou a ser implementada em alguns veículos.   

A ousadia das pesquisas também levou a empresa em ser a primeira exportadora do país, de melaço de soja, para Europa. Mais precisamente, à Dinamarca. O objetivo foi a obtenção de energia renovável – biogás. Flexíveis às demandas de mercado, os jovens empreendedores sempre ouviram as necessidades de outras empresas. Foi assim a sua iniciação no mercado internacional. Hoje, além da Dinamarca, a CELF atua com parceria na Austrália. Vocacionada ao desenvolvimento de soluções biotecnológicas eficientes, capazes de unir em um mesmo produto, o correto tratamento ambiental com eficiência e economia para o seu negócio, a CELF já se transformou, de uma certa maneira, em multinacional.

Na Austrália, ela já está incorporada a empresa Hydrobe. “Recebemos o convite para ajudar em processos para equilibrar a emissão de CO2 naquele país. A parceria deu certo”, explicou Cristian. Segundo ele, hoje, a CELF vem colaborando com pesquisas através de algas para combustíveis a partir de hidrogênio, que combate o CO2. 

Para desenvolver seus processos, a empresa agora, também tem um braço importante em Curitiba. Lá, opera uma estação de tratamento e separação de resíduos líquidos industriais, dentro da maior destinadora de resíduos industriais do Brasil. “Agregamos valor e diferencial competitivo na fabricação de aditivos de uso industriais para o segmento de combustão. E também, investimos no desenvolvimento de biotecnologias para agricultura”, explica Cristian.

O caminho para a agricultura fez com que a CELF criasse outro braço: a AgroCells. Uma empresa especializada na produção de produtos para lavouras, inteiramente biológicos. Desenvolvidos a partir de pesquisas com microrganismos, ela substitui a química, por biociência. O resultado é impressionante, visto no bolso de produtores rurais, com economia entre 40 a 50%. Os primeiros experimentos aconteceram recentemente, numa lavoura de 3 mil hectares de soja.  
Hoje, a CELF mantém apenas quatro funcionários fixos, além de oito colaboradores. Na verdade, uma equipe multidisciplinar, composta por mestres e doutores, além de parcerias com as principais universidades e institutos de pesquisa do país. Em 2020, a empresa apresentou crescimento de 76,51%. A meta para este ano é alavancar mais 28%.

Áreas de atuação

COMBUSTÃO INDUSTRIAL: Bioaditivos de alto poder calorífico e redução nas emissões de poluentes, mantendo excelente relação entre custo e benefícios ao meio ambiente e eficiência energética. Aplicação em caldeiras e fornos especiais.
AGRICULTURA: Aplicação de Biotecnologia agrícola na produção on farm de sistemas de controle e inoculação biológica que geram economia e produtividade.

Serviço

CELF – Av. Manoel Mendes de Camargo, 2991 – Jardim Curitiba – CEP 87303-000 – Campo Mourão – PR – Brasil
Fone: (44) 3525-3104
[email protected]
www.celfenergia.com.br