Cemitério suspende serviço de recadastramento de lotes durante pandemia em Campo Mourão

A administração do cemitério municipal São Judas Tadeu, de Campo Mourão, suspendeu, a partir desta sexta-feira (19), o serviço de recadastramento de lotes enquanto perdurar a pandemia de coronavírus (Covid-19).  A informação foi repassada à TRIBUNA pela administradora do ‘campo santo”, Janete Iori. 

Segundo Janete, a grande procura pelo serviço está gerando aglomeração no local. E as pessoas que mais estão procurando são idosos, que fazem parte do grupo de risco e estão mais susceptíveis ao coronavírus. “Por este motivo decidimos paralisar o serviço até que a situação do coronavírus melhore na cidade”, falou. 

A administradora do cemitério tranquiliza a população que quem não fizer o castrado no período não correrá risco de perder o lote. “As famílias não precisam se preocupar com relação a isso”, ressaltou. Segundo ela, o serviço compreende em atualizar as informações dos proprietários de lotes, como com endereço residencial, telefone, entre outras informações. A atualização cadastral geralmente é feita a cada cinco anos.

Janete alertou que as pessoas que já sabem que seus lotes estão em estado de abandono e foram notificadas, estas sim devem procurar o cemitério para resolver o problema “Estamos entrando em contato com todos que já foram notificados, o problema é que alguns não tem telefone atualizado”, frisou.

A última lista divulgada pela prefeitura com túmulos em estado de abandono foi em abril deste ano. Na ocasião, foram constatados 51 lotes em situação de abandono.  Os proprietários que não são encontrados são notificados via órgão oficial do município e se entrarem para a lista de desapropriação têm 30 dias para resolver o problema. Caso contrário o lote é desapropriado e retorna ao município. 

Na desapropriação, os restos mortais são retirados dos túmulos e identificados e removidos ao ossuário, de onde não podem mais ser retirados. Os túmulos revertidos ao município são colocados à venda novamente. Como agora a lei não permite mais sepultamentos no chão, o município já comercializa o terreno com a carneira pronta. A carneira simples custa R$ 600,00, mais o valor do terreno: R$ 76,29.  

Entre os problemas mais comuns encontrados no cemitério são lotes sem documentação, gavetas sem tampas, túmulos com tampas abertas, e lotes em situação de abandono. O cemitério São Judas foi inaugurado oficialmente em 1962. Porém há registros de sepultamentos no local desde 1957. O ‘campo santo’ tem mais de 13 mil túmulos.