Circo instalado em Campo Mourão pede ajuda da comunidade e poder público

Sem poder contar com o público nem instalar-se em outra cidade em razão da pandemia do Coronavírus, um grupo de 23 pessoas do Circo Rhoney Espetacular pede ajuda do poder público e da própria comunidade para manter-se. Como não conseguiram realizar os espetáculos, os artistas e trabalhadores necessitam de alimentos, material de limpeza e higiene, além de medicamentos.

“A Secretaria de Ação Social nos ajudou ontem com três cestas básicas e compreendemos perfeitamente a situação, pois agora vai aumentar a procura das pessoas em situação de vulnerabilidade. Aqui todos sobrevivemos da bilheteria e para nos instalar temos que pagar tudo antecipado, como aluguel do terreno, água, taxa da prefeitura, além da energia elétrica, que é cobrada por semana”, explicou Michele dos Santos Salgueiro, que junto com o marido é responsável pelo circo.

Em razão do cancelamento das apresentações, ela solicitou à Secretaria de Fiscalização a devolução da taxa que pagou para poder comprar alimentos. “Fomos muito bem atendidos pela prefeitura, mas infelizmente estamos nessa situação. Também temos aqui pessoas que necessitam de medicamentos contínuos, como minha sogra que é hipertensa e uma criança de 4 anos com problema cardíaco”, explicou.

Ela ressalta que só com funcionários, que são artistas, o circo tem uma despesa de R$ 8 mil por semana. “O que a gente tinha, dividimos entre todos nós e não sabemos por quanto tempo teremos que ficar aqui”, ressaltou. Segundo ela, a estreia, na sexta-feira (13), já teve público reduzido em razão de notícias da doença nos grandes centros. 

Além de pedir ajuda, ela também coloca a estrutura do circo à disposição da prefeitura em caso de necessidade. “Se for necessário podem usar nosso carro de som para orientações da população e até mesmo montar a lona do circo para uma base de atendimento, que se Deus quiser não será necessário”, acrescenta.

Segundo ela, o Circo Rhoney tem mais de 90 anos de tradição e teve início na regia de Curitiba. “A gente estava em Guarapuava e nossa rota seria Cascavel, mas nada deu certo. Tentamos o sul do Estado até que mudamos a rota e deu tudo certo para instalarmos aqui. Acredito que não é por acaso que estamos aqui. Tudo tem um propósito de Deus na vida da gente, inclusive essa pandemia”, complementou Michele.

Serviço

Interessados em colaborar podem levar os donativos no Circo, que está instalado às margens da Perimetral Tancredo Neves, entre a Estação Rodoviária e o Supermercados Condor.