Regional da Saúde de Campo Mourão sofre surto de Covid-19

A 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, que atende os 25 municípios da Comcam, está sofrendo um surto de Covid-19. Dos 103 servidores, entre funcionários efetivos do Estado, estagiários e terceirizados, 14 positivaram para o vírus até a manhã desta terça-feira (1º) e estão afastados para tratamento. “Estamos com quase 20% do nosso quadro em quarentena”, falou o chefe da Regional, Eurivelton Wagner Siqueira. O prédio onde funciona o serviço passou por uma sanitização completa nessa segunda-feira (31).

Segundo Siqueira, os infectados estão apenas com sintomas gripais e não têm complicações mais graves da infecção. Todos estão vacinados. São funcionários de várias áreas, como limpeza, segurança, administrativo, entre outras. “Apesar da equipe reduzida não vamos parar as atividades e nem o atendimento ao público”, falou, ao comentar que tanto o Hemonúcleo quanto a Farmácia do Estado, anexos ao prédio, continuam funcionando normalmente, mediante a agendamento da população.

Já as reuniões, entre outras atividades que exige maior número de pessoas estão sendo feitas via videoconferência. Siqueira comentou o aumento expressivo dos casos de Covid-19 em toda a região. “Os números estão altíssimos. A partir do momento que a doença parou de matar uma parte da população perdeu o medo. Ontem [segunda-feira], saí da Regional até o restaurante para comprar marmita e em uma curto trajeto contei 26 pessoas sem máscara de proteção”, exemplificou o chefe da Regional, ao comentar que o relaxo de parte de moradores está entre uma das principais causas para o aumento da infecção. “Temos que lembrar que uso de máscara não deixou de ser obrigatório. A população, neste período de férias, infelizmente se esqueceu disso. E está tendo muita aglomeração”, lamentou.

Siqueira disse ainda que os números mostram que se não fosse a vacina, as mortes seriam catastróficas na região devido ao alto índice de contaminação. “A vacinação reduziu a letalidade do vírus. Talvez por isso esteja havendo este conformismo de parte da população”, afirmou.

Ele acrescentou, que análises, indicam que os óbitos estão ocorrendo em pessoas com comorbidade e àquelas que concluíram ou recusaram a vacina. “E estes que não se vacinaram a chance de se contaminar é muito maior”, alertou. “Quem recusou a vacina que mude de ideia enquanto há tempo e se imunize”, orientou o chefe da Regional de Saúde.