Seca afeta abastecimento de água em distrito de Iretama

Moradores do distrito de Águas de Jurema, em Iretama, estão revoltados com a falta de água nos últimos dias nas torneiras de casa. Um morador que entrou em contato com a reportagem da TRIBUNA, por telefone, informou que a situação começou a acontecer com mais frequência após a Sanepar assumir o serviço. “Tem dias que a água acaba de manhã e volta só depois das 13 horas. Mas nós continuamos pagando as contas normalmente”, revoltou-se.

O morador comentou que a situação é grave, principalmente por causa do forte calor dos últimos dias. “Liga na Sanepar e a desculpa que dão é que se tivesse caixa d’água em casa não faltaria água. Mas tem morador que não tem condição nenhuma de comprar e pagar para fazer a instalação de um sistema deste”, desabafou.

Em nota à imprensa, a Sanepar justifica que o abastecimento no distrito está sendo afetado devido a baixa vazão do poço artesiano que abastece a comunidade, em consequência da estiagem prolongada, e pelo consumo elevado pelos moradores.

“A Sanepar informa que o poço que abastece os moradores do distrito de Águas de Jurema, em Iretama, teve queda acentuada na vazão nos últimos dias, em razão da estiagem que atinge o Paraná. Por outro lado, a elevação no consumo de água em razão das altas temperaturas, pode causar desabastecimento em todas as regiões do distrito, mesmo com o auxílio de caminhões-pipa”, informou a companhia em nota.

Segundo a empresa, o fornecimento de água deve voltar à normalidade nas próximas horas, de forma gradativa. A Sanepar ressaltou que ‘só ficarão sem água durante este período moradores que não tiverem caixa-d’água no imóvel’. “A orientação é evitar desperdícios”, pediu.

A falta de água em comunidades rurais de Iretama durante os períodos de estiagem é antiga. Geralmente os moradores dos assentamentos Muquilão, 400 Alqueires e Pantelária são os mais afetados. Nestes locais, o abastecimento é feito com água de minas, que secam neste período. Quando isso acontece, o abastecimento é feito aos moradores com caminhões pipas da prefeitura e Sanepar. Em situações mais severas, falta água até para os animais das propriedades. Há mais de 50 dias o município não tem registro de chuvas significativas.