Presidente executivo da Coamo faz balanço positivo de 2022 e anuncia assembleia para 9 de fevereiro
Apesar da frustração da safra de verão – sofreu uma quebra de praticamente 50% na região de Campo Mourão- o presidente executivo da Coamo Agroindustrial, Airton Galinari, fez um balanço positivo dos resultados obtidos em 2022 pela cooperativa. Além da antecipação de R$ 220 milhões em sobras, pagas no dia 5 deste mês aos mais de 30 mil cooperados, ele destacou que a receita global da empresa deverá ter um saldo 15% superior a 2021(quando foram R$ 24,6 bilhões), devendo atingir entre R$ 26 a R$ 28 bilhões agora.
Galinari informou que o balanço deve ser fechado no começo de 2023 e anunciado ao quadro de cooperados durante assembleia marcada para o próximo dia 9 de fevereiro. “Estamos finalizando o ano praticamente com os números da Coamo definidos. Devemos no começo do ano fazer o fechamento do balanço e levar para apreciação da assembleia para que a gente possa dar a destinação final das sobras e anunciar o valor definitivo para o ano de 2022”, afirmou em entrevista ao Assessor de Comunicação da Cooperativa, Ilivaldo Duarte, em canal da cooperativa, no YouTube.
Sobre a antecipação das sobras distribuídas, Galinari comentou que o volume é bastante significativo. O valor das sobras é fruto da movimentação do cooperado no abastecimento de insumos e entrega da produção nas unidades da cooperativa nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. No resultado do exercício, os cooperados receberam a título de sobras R$ 0,80 centavos para cada saca de soja entregue na Coamo, R$ 0,30 para o milho e R$ 0,30 para o trigo. “É um ano que temos muito a comemorar. Mesmo com todas as dificuldades conseguimos obter bons resultados”, ressaltou, ao se referir à frustração da safra devido a problemas climáticos.
Para se ter ideia, por causa da seca, a região perdeu muita soja e milho. A Coamo tinha como expectativa, por exemplo, receber este ano 100 milhões de sacas de soja. Mas foram entregues ‘apenas’ 50 milhões, uma quebra de 50%. “Além disso, tivemos problemas com a safra de trigo, com chuvas na colheita. É um ano que poderíamos ter um faturamento bem maior. Mas ainda assim tivemos crescimento face ao aumento de preços e estoque de passagem”, frisou.
Perspectiva para 2023
Para 2023, as perspectivas são bastante positivas, informou o presidente executivo. Além da inauguração de novas unidades e investimentos nas já existentes, há uma expectativa grande para a inauguração do complexo industrial da fábrica de ração animal da Coamo, localizada às margens da rodovia PR-487, saída para Luiziana, em Campo Mourão. O investimento ultrapassará R$ 100 milhões. A planta deve entrar em operação no primeiro semestre de 2023.
A fábrica está sendo construída numa área de 10.000 metros quadrados. O prédio terá 35 metros de altura, com capacidade para produzir 200.000 toneladas de ração por ano para bovinos, equinos, peixes, aves, suínos, cães e gatos, operando em três turnos. Atualmente são comercializadas 40.000 toneladas por ano, utilizando fábricas de terceiros. Inicialmente, serão gerados cerca de 70 empregos diretos e outros 300 indiretos.
